domingo, 31 de julho de 2011
Casa comigo?
'Casa comigo?'- disse Monica de repente.
Monica não era uma moça muito decidida, mas dessa vez ela não tinha dúvidas, casar com Fernando era o que ela mais queria. Estava cansada de encontros de fim de semana, estava cansada de passar horas no telefone durante a semana, contando sobre seu dia, ouvindo as novidades de seu amado sem poder participar.
Estava decidido, seria naquele dia.
Mônica colocou sua roupa mais sexy, aquela que ele nunca resistia. Saia preta, salto alto, uma blusinha de renda que ganhara dele no seu aniversário e uma meia calça 7/8 com cinta liga, que mesmo não estando a mostra a fazia se sentir confiante e sedutora.
Ligou para ele e sem dizer muita coisa, marcou as 8 horas um encontro num bistrô aconchegante num bairro chique da cidade. Claro que seria díficil impor sua vontade assim, mas sabia que se ele a amasse ele também desejaria o mesmo.
No horário marcado ela estava sentada lá, numa mesinha nos fundos do bistrô. Suas mãos suavam e ela repetia inúmeras vezes consigo mesmo o que havia treinado durantes horas na frente do espelho de casa 'eu sei que parece cedo, mas me sinto preparada e desejo com todo o meu coração. Casa comigo?'. Para tomar mais coragem ela pediu uma caipirinha de morangos, dizer uma coisa dessas de fato era terrível e ela enfim soube como se sentia os homens ao dizerem isso as mulheres, então como eles ela esperava que ele dissesse sim.
Fernando chegou, 10 minutos atrasado como sempre, mas dessa vez ela ficou contente por ele ter se atrasado, porque pela primeira vez ela se deu conta que mesmo as vezes ficando irritada com ele, esse era Fernando, o homem que ela amava tanto, com defeitos e qualidades que ela admirava.
Ele sorriu ao vê-la. Estava vestido de maneira incrível, camisa azul clara ajustada com a manga enrolada, realçando seus incríveis olhos azuis, calça jeans e sapatos, incrivelmente lindo e por um momento ela suspirou. Ela amava o homem mais lindo do mundo. Ele deu a ela um beijo de chegada e se sentou na cadeira de frente a ela, a hora estava chegando e parecia que o momento a consumia, era tão difícil fazer aquilo que ela agarrou o canudinho vermelho da sua caipirinha de morangos e deu um longo gole.
'Adoro aqui, a comida é incrível. Já pediu algo amor?' Disse ele vendo o cardápio.
Ela não conseguia pensar direito, seus olhos só observando os olhos dele correndo sobre a oferta de pratos e bebidas do Menu. Sentia um misto de carinho, ansiedade, admiração, medo, tudo misturado em uma coisa só e por um momento ela decidiu que não ia falar nada, que esperaria ele a pedir em casamento, mas e se ele nunca a pedisse? Não, ela deveria pedir, estava decidido, ela pediria.
'Você está bem amor?' ele disse olhando para ela enquanto segurava em sua mão.
'Sim, estou bem e você, como foi seu dia?'
Ele começou a falar sobre o seu dia no estúdio, dos inúmeros trabalhos que ele havia feito, das modelos que havia fotografado, dos pontos negativos e positivos e ela observava seus lábios se mexerem devagar e claramente, aqueles lábios que tanto adorava beijar, as mãos dele que se mexiam sem parar, mãos que as tocavam com tanta ternura e segurança, as feições dele que mudavam a cada frase terminada e lembrou das inúmeras situações que ele fora engraçado, bravo, alegre, triste e sem pensar em mais nada, só olhando ele dizer, ela interrompeu uma das frases dita por ele com 'Casa comigo?'
Ele calou-se repentinamente e a fitou com um ar indecifrável e o estômago dela gelou, não podia voltar atrás já estava feito e agora era ver no que ia dar. Ele deu uma risada marota e disse: 'Nunca me fizeram uma oferta dessas. Sabia que é o homem que pedi a mulher em casamento?'. Ela deu mais um longo gole na sua caipirinha para esconder a ansiedade e disse: 'sei, mas te observando falar, senti uma vontade tão grande de me casar com você, eu te amo e não quero mais ficar longe de você um só segundo, quero durmir e acordar ao seu lado todos os dias. Quer casar comigo?'
Ele encantado olhou fixamente nos olhos de Mônica e sorriu, dessa vez com um tom de carinho e apego.
'Sim' disse ele 'eu quero me casar com você Mônica.'
Eles se beijaram e o momento se eternizou.
Mônica e Fernando se casaram as 6 hrs de uma dia de primavera, numa cidadezinha pequena do interior. Hoje eles vivem felizes e tem 3 filhos e até hoje Fernando brinca com Mônica sobre ela o ter pedido em casamento ao invés dele.
cultura
A força da cultura nordestina na música
Para quem esqueceu ou teima em esquecer a importância e a riqueza cultural da música nordestina, divulgo sem pretensão de autoria da matéria. A toada "Luar do Sertão" é um dos maiores sucessos de nossa música popular em todos os tempos. Fácil de cantar, está na memória de cada brasileiro, até dos que não se interessam por música. Como a maioria das canções que fazem apologia da vida campestre, encanta principalmente pela ingenuidade dos versos e simplicidade da melodia. Embora tenha defendido com veemência pela vida afora sua condição de autor único de "Luar do Sertão", Catulo da Paixão Cearense deve ser apenas o autor da letra.
A melodia seria de João Pernambuco ou, mais provavelmente, de um anônimo, tratando-se assim de um tema folclórico - o côco "É do Maitá" ou "Meu Engenho é do Humaitá" -, recolhido e modificado pelo violonista. Este côco integrava seu repertório e teria sido por ele transmitido a Catulo, como tantos outros temas. Pelo menos, isso é o que se deduz dos depoimentos de personalidades como Heitor Villa-Lobos, Mozart de Araújo, Sílvio Salema e Benjamin de Oliveira, publicados por Almirante no livro No tempo de Noel Rosa.
Há ainda a favor da versão do aproveitamento de tema popular, uma declaração do próprio Catulo (em entrevista a Joel Silveira) que diz: "Compus o Luar do Sertão ouvindo uma melodia antiga (...) cujo estribilho era assim: 'É do Maitá! É do Maitá"'. A propósito, conta o historiador Ary Vasconcelos (em Panorama da música popular brasileira na belle époque) que teve a oportunidade de ouvir "Luperce Miranda tocar ao bandolim duas versões do 'É do Maitá': a original e 'outra modificada por João Pernambuco', esta realmente muito parecida com Luar do sertão".
Francisco Alves
Homem humilde, quase analfabeto, sem muita noção do que representavam os direitos de uma música célebre, João Pernambuco teve dois defensores ilustres - Heitor Villa-Lobos e Henrique Foreis Domingues, o Almirante - que, se não conseguiram o reconhecimento judicial de sua condição de autor de Luar do Sertão, pelo menos deram credibilidade à reivindicação. Ainda do mesmo Almirante foi a iniciativa de tornar o Luar do Sertão prefixo musical da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a partir de 1939.
Luar do Sertão (toada, 1914) - João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense
--------G ----------Em -------Am --------D7-------- G----- D7
Não há, ó gente, oh não luar / Como este do sertão (bis)
--------------G------- Em------------ Am--------------------------- D7
Oh que saudade do luar da minha terra / Lá na serra branquejando
------------------------G D7------- G--------- Em---------- Am
Folhas secas pelo chão / Esse luar cá da cidade, tão escuro
--------------------------D7------------------- G------- D7
Não tem aquela saudade / Do luar lá do sertão (refrão)
--------------G --------Em ---------Am--------------------------- D7
A gente fria desta terra sem poesia / Não se importa com esta lua
-----------------------G D7------------- G--------- Em------- Am
Nem faz caso do luar / Enquanto a onça, lá na verde capoeira
------------------------D7-------------------- G------ D7
Leva uma hora inteira, / Vendo a lua a meditar (refrão)
-----------------G--------------- Em---------- Am
Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra
------------------------D7---------------------- G------- D7
Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez
-------------G------------- Em --------Am
Ser enterrado numa grota pequenina
------------------------D7 ----------------G -------D7
Onde à tarde a surunina chora sua viuvez (refrão).
SERTÃO ( Artigo )
A porta do SERTÃO aberta aqui é mágica, festiva, poética, triste, árida, mítica; é construída com rimas, sonhos, cores, santos, demônios, pedras, morte e vida.
Evoca a música que vem dos tambores, dos pífanos, das violas e das rabecas. Exibe trajes com bordados coloridos, a chita, o couro trabalhado dos gibões, os mantos dos reis e as composições bricoladas com retalhos e fitas coloridas.
Trata-se de um SERTÃO com uma paisagem quase sempre de uma vegetação rasteira e seca, formando uma massa de cor ocre-terra, ocre-vegetação, que se estende e oprime os fios de espelhos d’água que insistem em correr entre as terras secas.
É desse contraste entre essa natureza árida e o homem que a habita que nasce a ESTÉTICA DO SERTÃO. A impressão que se tem é que o sertanejo diante de sua natureza árida, numa ânsia de complementá-la, buscasse assim através de suas expressões plásticas, as cores e formas próximas de um estilo barroco, porém antropofagicamente modificado e com elementos que ora complementam ou rivalizam com a geografia árida.
Ressalto aqui que essa apresentação se aproxima do que Vilém Flusser chama de “pensamento expresso em superfícies”, isto é, vou utilizando imagens e escritas, num plano de superfície e devaneio tentando assim estabelecer laços entre a ciência e a arte, entre o pensamento racional e o intuitivo.
Como no SERTÃO nada está totalmente organizado em estruturas de compêndios ou com etiquetas que decodificam, à partida, o que é o estético, a narrativa aqui não se estabelece o tempo todo como linear ou racional. Ela incorpora as incertezas, certezas, o delirante, o imaginário. Assim a compreensão se torna áspera, bifurcada, diversa e afinada com a complexidade do mundo.
Esse é o SERTÃO que emerge do meu olhar flâneur e da relação de conhecimento que tenho sobre ele. A pesquisa (como pensamento racional construído), como também ato intencional e sistemático de construção da realidade, vem aqui se acoplar as imagens e textos de um sertão poético, lírico, imaginante.
É certo que, na ciência, explicamos esse mundo, sobretudo por meio de palavras, mas as palavras nunca poderão desfazer o fato de estarmos imbricados pela expressão do olhar. Por outro lado, a maneira como vemos as coisas é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos. O olhar como diz Dietmar Kamper é antes de tudo um ato de “padecimento” do ser humano.
E o sertão como diz Oswaldo Lamartine ( escritor nordestino) é o espaço geográfico e mental onde: “Cada vivente tem o seu sertão. Para uns as terras além do horizonte e, para outros, o quintal perdido da infância”.
O SERTÃO é essa terra quente que arde no coração, que tem cheiros, cores e ruídos singulares. O sertão tem gosto de riso e solidão, gosto do acaso da vida, dos enganos, do inesperado, da dor da terra esturricada e de toda morte desassossegada.
As BORDADEIRAS do sertão traçam poemas com as linhas. São linhas multicoloridas que vão preenchendo superfícies monocromáticas como se fossem a terra seca do sertão. As mulheres do sertão bordam sem alvoroço, com simplicidade.
Nos bordados predominam as imagens de flores, todas de um colorido intenso, quase excessivo, exuberante como a paixão – esse sentimento que dilacera almas. As bordadeiras enterram as linhas ponto a ponto na trama do tecido, como cacos que cortam, como sangue que preenche, como um ato próximo à loucura das miudezas ou da rotina das cozinhas. A linha é o grande personagem, capaz de acessar, simular, reter e desafiar.
Tanto o SERTÃO de ontem como o SERTÃO de hoje são povoados de artistas primitivos, singulares, com uma obra abissal, banhada pelo pôr-do-sol da caatinga, lavrada pela pele da Caetana ou eternizada pelas pedras-lispes despencadas do céu. Um corpo em festa, animado pelo riso, cores e paixões que habitam no homem e, no entanto, se singularizam no sertão.
Antes de construir conceitos ou máquinas, enquanto fabricava as primeiras ferramentas, o homem criou mitos e pintou imagens, como disse Mikel Dufrenne. Assim é necessário compreender que a arte espontânea desde sempre exprime o liame do homem com a natureza.
Para os arqueólogos brasileiros, os lugares no SERTÃO que foram habitados pelos primeiros homens foram os brejos, exatamente porque os brejos têm solos mais férteis, com filetes d’água, sendo possível a sobrevivência face à aridez das terras vizinhas. E são lá onde até hoje se encontram os sítios arqueológicos com as pinturas rupestres mais significativas
Os homens que chegaram ao Nordeste brasileiro pertenciam a grupos mongolóides como todos os habitantes das Américas, anteriores à colonização européia. Assim os índios brasileiros habitantes da região Nordeste são os descendentes de levas arcaicas que atravessaram, há milhares de anos, o estreito de Bering. Para Gabriela Martin ( arqueólaga): “foi precisamente nos sertões nordestinos do Brasil, onde a natureza é particularmente hostil à ocupação humana, onde se desenvolveu uma arte rupestre pré-histórica das mais ricas e expressivas do mundo”.
A pedra, os signos, as formas estão na matriz das regras estéticas que se transformam numa verdadeira “arte poética” desde o homem pré-histórico até hoje, passando por diversas civilizações e culturas. A sensação que se tem é a de que existe um fio, simultaneamente tênue e forte, que resiste e persiste atravessando tempos e culturas como uma travessia que se transforma/desdobra e se abre numa passagem fantástico-mítica e utópica. Assim, a Abissínia, o império Inca, a China, a Grécia ou o Sertão são também espaços metafísicos capazes de superar e ultrapassar a mera realidade, e espalhar os fios agregadores de universalidade e permanência da imaginação humana.
Como no caso da significação da morte no SERTÃO. Além da figura mítica da Caetana, há outras imagens impregnadas de sonoridades e vida. Passa-nos a impressão que a morte carrega a vida em sua plenitude, que é parte natural da natureza, é apenas uma transcendência da vida. Contraria o sentido irremediável de que morte é separação. A vida é a morte, a morte é a vida. Essa experiência estética do sertanejo com a morte é a experiência em estado mais bruto (primeiro/original) e abrangente.
O conjunto de fragmentos que compõe meu dizer/sentir sobre a estética do sertão não se fecha aqui. São várias outras entradas, como na literatura, na poesia, nos hábitos culturais, na arquitetura, nos mitos, na alimentação e no imaginário. Cada um desses recortes do mundo sertanejo dizem uma só e mesma coisa: a condição humana expressa pelo homem do sertão responde com exuberância á aridez, à falta e ao infortúnio da vida.
quando cada um faz a sua parte, nós fazemos o todo.
para todos nós
''Conhece-se a beleza dádiva dos deuses por aquilo que
ela produz na alma dos homens [...]''
Esse é um pequeno trecho do poema Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves. Lembrei-me dele quando vi aqueles homens chegarem a 700 metros mais perto do céu.
a questao a qual vou me referir aqui remete ao exemplo que foram esses 33 homens. um misto de sentimentos positivos manteve 33 pessoas totalmente diferentes numa sintonia magnifica que com certeza foi o que os fez chegar aqui em cima melhor do que era esperado.
é até ironico quando pensamos que ali eles estavam com a finalidade de retirar das rochas um dos objetos mais preciosos para a humanidade: o ouro. e de que passou a valer na mente de cada um deles qualquer grama de ouro quando se viram soterrados e sem comunicação por 17 dias?
sabiamente, os mineiros souberam procurar o ouro que cada um carrega consigo para sobreviver: o equiibrio entre mente e coração e o que daí fluir - uniao, companheirismo, paciencia, compreensao, fé. e foi assim que cada capsula que chegou trouxe um novo heroi para o Chile e para quem conseguir encontrar nesses homens um espirito de luta pela sobrevivencia.
pois em meio a tantas noticias tragicas de assaltos, sequestros, assassinatos, ou seja, da especie traindo a si mesma, ver um ato de uniao entre os homens é de comover qualquer um.
nao seria, se sempre nos unissimos para nos proteger. mas o homem, o qual deveria ser o mais inteligente dos animais talvez seja o mais burro de todos. eu escutei isso em uma aula e me foi tao pertinente que parei para refletir. e é verdade, porque se nao o fosse, nao estariamos discutindo sobre o quao rapido estamos destruindo a natureza a qual nos mantém, fora isso ainda há as discussoes sobre as diferenças que levam muitas vezes às guerras armadas.
a indiferença ao semelhante é tão natural que ao ver o que os mineiros fizeram tomamos como exemplo, uma lição de vida. e é esse espirito que eles demonstraram de fraternidade que deveríamos trabalhar no nosso meio.
quando cada um faz a sua parte, nós fazemos o todo.
ela produz na alma dos homens [...]''
Esse é um pequeno trecho do poema Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves. Lembrei-me dele quando vi aqueles homens chegarem a 700 metros mais perto do céu.
a questao a qual vou me referir aqui remete ao exemplo que foram esses 33 homens. um misto de sentimentos positivos manteve 33 pessoas totalmente diferentes numa sintonia magnifica que com certeza foi o que os fez chegar aqui em cima melhor do que era esperado.
é até ironico quando pensamos que ali eles estavam com a finalidade de retirar das rochas um dos objetos mais preciosos para a humanidade: o ouro. e de que passou a valer na mente de cada um deles qualquer grama de ouro quando se viram soterrados e sem comunicação por 17 dias?
sabiamente, os mineiros souberam procurar o ouro que cada um carrega consigo para sobreviver: o equiibrio entre mente e coração e o que daí fluir - uniao, companheirismo, paciencia, compreensao, fé. e foi assim que cada capsula que chegou trouxe um novo heroi para o Chile e para quem conseguir encontrar nesses homens um espirito de luta pela sobrevivencia.
pois em meio a tantas noticias tragicas de assaltos, sequestros, assassinatos, ou seja, da especie traindo a si mesma, ver um ato de uniao entre os homens é de comover qualquer um.
nao seria, se sempre nos unissimos para nos proteger. mas o homem, o qual deveria ser o mais inteligente dos animais talvez seja o mais burro de todos. eu escutei isso em uma aula e me foi tao pertinente que parei para refletir. e é verdade, porque se nao o fosse, nao estariamos discutindo sobre o quao rapido estamos destruindo a natureza a qual nos mantém, fora isso ainda há as discussoes sobre as diferenças que levam muitas vezes às guerras armadas.
a indiferença ao semelhante é tão natural que ao ver o que os mineiros fizeram tomamos como exemplo, uma lição de vida. e é esse espirito que eles demonstraram de fraternidade que deveríamos trabalhar no nosso meio.
quando cada um faz a sua parte, nós fazemos o todo.
COISAS DO NOSSO BRASIL
Do sertão
Que homem é esse? que acorda antes do Sol e sai em busca, a cada dia do que terá no fim para alimentar a sua família;
Que vive assim, sem ter o salário seguro do fim do mês mas sem desespero - porque tem uma fé de rocha – vive um dia de cada vez;
que tem os pés rachados do atrito no solo árido mas que aguentam qualquer espinho que venha lhe ferir e as mãos calejadas e grossas mas prontas para qualquer trabalho;
Que não sabe ler nem escrever mas conhece a natureza ao seu redor melhor do que qualquer pessoa;
Que tem a sabedoria de viver com o básico no século 21 e por isso sobreviverá a qualquer previsão de que um dia voltaremos aos primórdios;
Que tem uma saúde de ferro e vive muitos anos por mais que nunca tenha visto um medico;
Que é uma lição de vida mesmo sem a pretensão de ser.
Ele mesmo, o homem do sertão.
Por isso, para ele se curvem e se redimam de toda subestimação todos os que lhe tem ojeriza sem ao menos saber que cada dia para aquele homem é um milagre, como deveria ser para qualquer um de nós.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Ética e Imprensa
"...depende da flexibilidade..."
Flexível, muito flexível o tal jornalismo de hoje. Está claro que entre o certo e o errado se tem optado pelo mais cômodo diante dos fatos. A imprensa se deixa levar por interesses pessoais, e desta forma não cumpre seu único e exclusivo papel social: democratizar.
Os meios de comunicação de massa muito têm feito não só para ter a atenção do público, mas principalmente a "tão cobiçada" audiência. Nesta luta acirrada, maior número de acessos online ou maior número de compradores, vale tudo: os mais diversos programas e as mais bizarras formas de apresentar um conteúdo que não serve para nada. O pior é que a imprensa vai pelo mesmo caminho.
Preocupado com a forma que os profissionais da informação estão exercendo a profissão, o jornalista Eugênio Bucci escreveu o livroSobre Ética e Imprensa, em que os erros mais graves nas redações são apontados, assim como formas de resolvê-los. As relações imprensa-cidadão, imprensa-empresa e imprensa-política são analisadas, sendo pesado quem é o ganhador e o perdedor em qualquer uma das três. A preocupação é com a ética na imprensa que, por pouco, não deixa as páginas do impresso ou da web, as ondas do rádio e a tela da TV e entra para os arquivos em museus.
A diferença que deveria haver entre mídia e imprensa quase não existe. O entretenimento e a ficção - marca registrada da mídia -, têm manchado um jornalismo que deveria estar comprometido somente com fatos e idéias. Nestes parâmetros, a imprensa mente, distorce e omite. Os interesses pessoais marcam as entrelinhas de cada texto jornalístico e quem perde é o público desavisado.
E não somente os repórteres têm influência direta de empresas privadas ou políticos: os "cabeças" dos grupos da imprensa, também têm cabeças feitas por essa gente tipicamente capitalista. E como não bastasse, as redações recebem "pacotes de notícia" elaborados por relações públicas, de todo e qualquer tipo de empresa que quer divulgar produto.
Com essas influências mediadas por interesses pessoais, a imprensa perdeu sua liberdade, e o público o direito a informação, a verdade. Muitos dos conflitos de interesses nas redações deveriam ter a participação do público, afinal, é para ele que a notícia é feita, e é ele quem paga por ela.
Um dos grandes erros da imprensa é não gerar mais conflitos de idéias. O jornalismo leva apenas uma mera informação ao público, deixando de induzir o público a um pensamento mais crítico. Se o jornalismo tem um papel social a desempenhar, ele não deve ser encarado como um "negócio", como é visto nos grandes conglomerados da mídia ou com a crescente aproximação entre o jornalismo e o entretenimento. O jornalismo deve se posicionar a favor da democracia e educar seus leitores, ouvintes, telespectadores e internautas para serem cidadãos.
A ética jornalística apela para a verdade que deve ser revelada ao público. No impasse sobre o que é a verdade, a posição que o repórter assume deve ser a isenção diante das inúmeras facetas de um único fato. Isto exige do repórter a responsabilidade sobre tudo o que é publicado. Não tem como o público acertar em uma conclusão, quando ele só tem parte do fato à sua disposição. Ou quando mesmo com inúmeras interpretações diferentes, todas falam a favor "ou só da direita ou só da esquerda".
Como o próprio autor ressalta, nem sempre a verdade pode ser oferecida, mas isto não impede que a confiabilidade esteja ao alcance do público. O leitor compra um jornalismo comprometido com os fatos e credível, não um jornalismo infalível. Na ética de imprensa, na ponta da pirâmide não fica a própria imprensa, que dita o que o público deve receber, mas o próprio público. A imprensa é subordinada a este público.
E nem sempre "tudo depende da flexibilidade do rabo da lagartixa". Como o próprio Eugenio Bucci diz: "notícia é 'socialmente' notícia e não apenas uma novidade".
CONCESSÃO DE RÁDIO E TELEVISÃO
Você sabe quem é o dono da Globo e do SBT? Fácil, a família Marinho e o Silvio Santos, respectivamente. Errado. Elas detêm tão somente a concessão de exploração da Televisão, que pode ser cancelada a qualquer momento, o dono é você! Isso mesmo, pode parecer estranho, mas você é o dono da Televisão.
Para se abrir um canal de TV ou mesmo emissora de Rádio, é necessário uma concessão por parte do Congresso Nacional para a exploração da atividade. Tal concessão deve ser renovada após o seu vencimento. Portanto, não basta simplesmente “querer” abrir um canal de TV ou emissora de Rádio, é necessário, teoricamente, demonstrar a importância de tal para a sociedade, afinal, esta é a destinatária deste serviço.
A Televisão, assim como a Telefonia, a Aviação Civil, a Energia Elétrica, Água, Esgoto e etc, devem ter como fim o interesse da população. Quando este não é cumprido, cabe ao consumidor reclamar nos órgãos competentes. No caso dos telefones o órgão regulador é a ANATEL, na Aviação Civil é a ANAC, e na Televisão eu reclamo para quem? Pois é, para ninguém!
A Telefônica, Brasil Telecom e etc são concessionárias públicas do serviço de Telefonia, ou seja, o Estado as autoriza a explorar esta atividade, desde que cumpram determinados objetivos. A Gol, Tam, Varig e etc também. Infelizmente no Brasil, a população ainda não tomou consciência de que com as Televisões acontece a mesma coisa. As emissoras é claro que não vão explicar isso! E quando surge uma proposta de “controle da imprensa”, os “porquês” são deturpados pela grande mídia com o velho jargão de “censura”.
Quando o Telefone da minha residência não funciona com a qualidade que eu desejo, corro reclamar, e o Estado tem a sua parcela de culpa nisto, por isso que tem as Agências Reguladoras. E quando eu me sinto ofendido pelo que passou em uma Novela ou Filme eu faço o que? Alguém aí sabe o número do telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor da Rede Globo? É, acho que nem existe. Eles nos empurram o que querem, da forma e quantidade que querem, riem nossas caras, mas nós ainda os amamos. E como diria o filósofo contemporâneo Homer Simpson: “A TV nunca mente!”.
Para se abrir um canal de TV ou mesmo emissora de Rádio, é necessário uma concessão por parte do Congresso Nacional para a exploração da atividade. Tal concessão deve ser renovada após o seu vencimento. Portanto, não basta simplesmente “querer” abrir um canal de TV ou emissora de Rádio, é necessário, teoricamente, demonstrar a importância de tal para a sociedade, afinal, esta é a destinatária deste serviço.
A Televisão, assim como a Telefonia, a Aviação Civil, a Energia Elétrica, Água, Esgoto e etc, devem ter como fim o interesse da população. Quando este não é cumprido, cabe ao consumidor reclamar nos órgãos competentes. No caso dos telefones o órgão regulador é a ANATEL, na Aviação Civil é a ANAC, e na Televisão eu reclamo para quem? Pois é, para ninguém!
A Telefônica, Brasil Telecom e etc são concessionárias públicas do serviço de Telefonia, ou seja, o Estado as autoriza a explorar esta atividade, desde que cumpram determinados objetivos. A Gol, Tam, Varig e etc também. Infelizmente no Brasil, a população ainda não tomou consciência de que com as Televisões acontece a mesma coisa. As emissoras é claro que não vão explicar isso! E quando surge uma proposta de “controle da imprensa”, os “porquês” são deturpados pela grande mídia com o velho jargão de “censura”.
Quando o Telefone da minha residência não funciona com a qualidade que eu desejo, corro reclamar, e o Estado tem a sua parcela de culpa nisto, por isso que tem as Agências Reguladoras. E quando eu me sinto ofendido pelo que passou em uma Novela ou Filme eu faço o que? Alguém aí sabe o número do telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor da Rede Globo? É, acho que nem existe. Eles nos empurram o que querem, da forma e quantidade que querem, riem nossas caras, mas nós ainda os amamos. E como diria o filósofo contemporâneo Homer Simpson: “A TV nunca mente!”.
A JANELA E O CASTIGO
Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela.
O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima. Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, ele passava o tempo descrevendo o que via lá fora.
A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago. Haviam patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola.E ao fundo, por trás da fileira de árvores,avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.
O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora...ficando todos os dias mais feliz e se recuperando.
Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance? Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa!Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover... mesmo quando o som de respiração parou.
De manhã, a enfermeira encontrou o outro homem morto e, silenciosamente, levou embora o seu corpo. Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável.
No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade sentindo muita dor, e olhou para fora da janela.
VIU APENAS UM MURRO !!
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Hoje eu vou roubar a rosa mais linda
Vem me torturar só com abraços
E te procurar com outras intenções
Eu sei que você só me quer como amigo
Eu sei que vou me arriscar por esse amor
Eu vou voar bem alto
Criar fantasias de amor
Vou me declarar, te aquecer no frio
Vou me declarar, derramar meu pranto
Vou me declarar, teu cheiro me atrai
Te amo demais
Hoje eu vou roubar a rosa mais linda
E te procurar com outras intenções
Quero que voce abra o coração, diz sim ou não
Vou arriscar e apostar tudo nesse amor
Eu vou voar bem alto
Criar fantasias de amor
Vou me declarar, te aquecer no frio
Vou me declarar, derramar meu pranto
Vou me declarar, teu cheiro me atrai
Te amo demais
Se me ama não sei ou me precipitei
Sou sincero, você da minha mente não sai
Te amo demais, te amo demais...
Eu vou voar bem alto
Criar fantasias de amor
Vou me declarar, te aquecer no frio
Vou me declarar, derramar meu pranto
Vou me declarar, teu cheiro me atrai
Te amo demais
Faz tanto frio, até a lua se escondeu
estou aqui sozinho em plena madrugada sem você
me faz tanto frio até a lua se escondeu
vejo ja é hora de parar com a brincadeira e te dizer
que não fico mesmo vinte quatro horas sem você
és meu alimento minha fonte de amor
sem você a vida já não tem nenhum valor
mal faz meia hora que você partiu
dizendo não voltar
eu falei não me emporto,nem faz uma hora já quero te amar
24horas sem você,não da pra viver
24horas sem você
24horas sem você,não dá pra viver
refrão
é muito tempo sem te ver
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Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
FRAM MARQUES
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