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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Heróis

A vida desses heróis do campo não é nada fácil


Vida de vaqueiro Por: Reginaldo
A vida desses heróis do campo não é nada fácil. Esse personagem típico do sertão, o vaqueiro ainda hoje mantém tradições e bravuras herdadas dos tempos da “civilização do couro”. A lida do vaqueiro atrás dos rebanhos nessa terra de ninguém foi elemento formador de cidades, base de alimentação e motivadora de rituais, festas e mitos. O que mais chama a atenção é a vestimenta ou gibão de couro, feita por vaqueiros que passam a tradição de pai para filho. Essa vestimenta inclui chapéu, guarda-peito, luvas, perneiras como proteção contra os espinhos da caatinga. O couro é usado para quase tudo- das solas dos sapatos a bolsa para embalar o fumo. Na época colonial, o couro era ainda matéria-prima para portas de cabanas, leitos, cordas, cantil, alforjes, mochilas, bainhas de faca. Os animais são ferrados com um ferro bem quente para identificação, lembrando que cada animal carrega a marca do seu dono. A tradição herdada dos tempos da colônia registra que, uma vez por ano, geralmente com a chegada do inverno, os vaqueiros recolhem os bois as propriedades para identificá-los e separá-los. O reconhecimento dos animais é feito, quase sempre, pelas marcas dos ferros no couro dos bichos. Eles servem de assinatura dos proprietários. Como não poderia deixar de ser, os vaqueiros tem a sua alimentação a base de carne e leite. Usam o leite coalhado ou com queijo para o próprio consumo. A vida desses heróis do sertão é difícil ate de mais. Toda a sua vida gira em torno do couro. Nas fazendas, a primeira tarefa é tirar leite das vacas, com o bezerro amarrado junto ao corpo da mãe- para que ele “libere o leite”. A vida dos vaqueiros de hoje não difere da de antigamente. Correr atrás do animal desgarrado faz parte do seu dia a dia. No Nordeste brasileiro esta prática é bastante comum ver por estradas de terras esses homens vestidos de roupa de couro correndo atrás das reses, ariscando sua vida em plena caatinga, de árvores espinhentas e cheias de surpresas. Como dizia o escritor, Euclides da Cunha em seu livro Os Sertões, “o vaqueiro atravessa a vida entre ciladas, surpresas repentinas de uma natureza incompreensível, e não perde um minuto de trégua”.



Quando o claro do sol vai despontando
Por detrás das montanhas lá da serra
Abro a porta e sinto o cheiro da terra
No puleiro do quintal canta o galo
Boto a cela no lombo do cavalo
E depois de tomar o meu café
Com carinho amor e muita fé
Vou levando minha vida de gado
Sou vaqueiro e vivo apaixonado
Por forró vaquejada e mulher
Sou vaqueiro e vivo apaixonado
Por forró vaquejada e mulher
Sou forrozeiro geraldinho é danado
Por forró vaquejada e mulher
Sou vaqueiro e vivo apaixonado
Por forró vaquejada e mulher
O que eu vejo de belo no sertão
É o gado comendo na colina
E o sorriso na boca da menina
O segredo que tem seu coração
Meu forró e as festas de São João
Santo Antonio
São Pedro
E São José
O meu vicio você sabe qual é
Me perdoe se isso for pecado



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Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
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