Os prejuízos com as chuvas vêm deixando João Pessoa, Capital da Paraíba, em alerta. Os alagamentos vêm atingindo até cemitérios que, por estarem debaixo d’água, os familiares dos mortos estão sem acesso para visitação.
A situação mais crítica é a do cemitério do Muçumago, uma comunidade carente localizada no Bairro do Valentina de Figueiredo, Zona Sul da Cidade. O equipamento está literalmente debaixo d’gua.
A Secretaria de Infra-Estrutura do Município, ao ser contatada, informou que irá deslocar uma equipe ao cemitério para ver qual o procedimento a ser adotado para sanar o problema. A Assessoria de Imprensa informou que uma bomba de sucção deve ser encaminhada para drenar a água acumulada no local.
As chuvas que castigam João Pessoa também provocaram mais um deslizamento de barreira na comunidade Saturnino de Brito, no Centro de João Pessoa. Desta vez, duas casas foram atingidas. Por sorte os moradores conseguiram sair a tempo e ninguém ficou ferido.
De acordo com a Defesa Civil do Município, pelo menos 12 famílias tiveram que ser relocadas daquela área de risco e 11 casas já foram destruídas para que as famílias não voltem a ocupá-las.
O coordenador do órgão, Rodrigo Andrade, informou que um dos problemas enfrentados pelas equipes da Defesa Civil é justamente a resistência das famílias. Muitas não querem abandonar suas casas, mesmo sabendo do perigo que representa continuar lá.
As famílias relocadas estão sendo encaminhadas para abrigos instalados principalmente em escolas.
As chuvas também têm trazido prejuízos para o trânsito no Estado. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, 98 acidentes foram registrados e tiveram como motivação o excesso de chuvas.
O serviço de meteorologia informou que as chuvas fortes devem continuar em João Pessoa durante toda semana. A previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa) é de que continue chovendo no decorrer da semana na faixa que vai do Litoral até o Agreste do Estado.
No Sertão e Cariri, que vêm sofrendo com a seca, o tempo ficará parcialmente incoberto e o sol aparece entre nuvens.
Há possibilidade de chuvas mas fracas e em locais isolados. O que não muda a perspectiva de estiagem e a falta de água deve continuar nos cerca de 190 municípios onde foi decretado estado de calamidade.
Somente sete açudes do Estado chegaram a acumular água até atingir a capacidade. Todos localizados na faixa do Litoral ao Agreste. Amanheceram sangrando os açudes de Tauá, no município de Cuitegi; o açude Brejinho, no município de Juarez Távora; o açude de Olho D’água, no município de Mari; e São Salvador, no município de Sapé.
No ano passado, neste mesmo período, 89 açudes haviam sangrado em todo Estado.
As chuvas na Paraíba este ano, apesar de cairem com intensidade na faixa do Litoral ao Agreste, são consideradas de normal a abaixo da média pela Aesa. No entato, nessa área há prespectiva de que mais açudes venham a atingir a capacidade máxima, porque o período de chuva só deve terminar no mês de agosto.
Portal Correio
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