Candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador não perdem tempo na disputa pelas vagas nos poderes Executivo e Legislativo dos 223 municípios da Paraíba. No sentido de aparecerem diante do eleitorado e tentarem conseguir votos, eles passam a frequentar igrejas (assistem missas e cultos), não perdem velórios, fazem questão de participar de enterros, casamentos, batizados, quermesses, almoços e jantares na zona rural.
No último final de semana, a população católica do município de Lucena, na Grande João Pessoa, participou da quermece da Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Os candidatos a prefeito também participaram. Mas um fato, segundo o candidato do PMDB, Leo Bandeira, teria revoltado a comunidade. A prefeitura disponibilizou um caminhão de lixo para ser o palco de apresentação de uma banda local que animaria a parte social da festa do Sagrado Coração de Jesus.
A banda, segundo Léo Bandeira, se recusou a subir no caminhão da coleta do lixo. “Foi uma tremenda falta de respeito e de consideração com a comunidade católica de Lucena”, disse Léo Bandeira, que está na disputa contra o atual vice-prefeito, Marcelo Monteiro (PSB), e o candidato do PT, João Carlos. A campanha está polarizada entre Léo e Marcelo Monteiro.
No sábado, a população de Bayeux (também na grande João Pessoa) tomou conhecimento da morte da senhora Maria Mariana, de 90 anos, mãe de José Pereira (conhecido como Pereirinha), ex-diretor dos Correiosna Paraíba. O velório e o enterro de dona Maria foi prestigiado por cinco dos oito candidatos a prefeito da cidade Os dois principais candidatos- Expedito Pereira (PSB) e Sara Cabral (DEM)- fizeram questão de participar do enterro, onde foram vistos e cumprimentados por dezenas de eleitores. Também participaram do enterro os candidatos Vanildo Caetano (PSC), Mizael do Carmo (Fofinho) e Romualdo Furtado.
Ainda no domingo, a Igreja matriz da cidade de Mari, na região do Brejo, atraiu os dois candidatos a prefeito da cidade: o ex-prefeito Marcos Martins (PSB) e o atual prefeito, Antônio Gomes (PSDB), que disputa a reeleição. Os dois podem ter ido à Igreja, realmente, prestar louvores a Deus, mas com certeza também foram com a intenção de ser vistos e cumprimentados pelos eleitores.
Em pelo menos um município paraibano- Conde-, um candidato a prefeito não precisará ir à Igreja para obter votos. O candidato Padre Severino (PT) já falou centenas de vezes nos altares da igrejas do município e é bastante conhecido dos eleitores católicos. Como candidato, não pode celebrar nos templos. Mas a autoridade de padre respeitado no município já lhe dá certa vantagem em relação aos concorrentes.
A mesma situação do padre Severino, no Conde, é vivida pelo padre Francisco Adelino, candidato a vereador em João Pessoa, onde não pode pregar nas igrejas, durante a campanha. Mas nem precisa, a presença de Padre Adelino nas casas dos fiéis, constantemente, lhe garante uma boa porção de votos.
JORNAL CORREIO
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