É inegável a ascensão do MMA no Brasil nos últimos anos. Se a popularidade do esporte ainda não é comparável ao futebol no país, pelo menos dá para dizer que está se aproximando. Em Sergipe, a luta do século entre Anderson Silva e Chael Sonnen, pelo UFC 148, foi capaz de parar um forró em pleno período de festejos juninos no Nordeste.
Ao lado do palco do Forró dos Jornalistas, festa tradicional que reuniu centenas de forrozeiros na madrugada de sábado, em Aracaju, foi instalado um telão. A banda Xote Baião embalava o público com seu rítmo envolvente, enquanto, em Las Vegas o brasileiro Anderson Silva se preparava para entrar no octógono para mais uma defesa de cinturão, desta vez com seu maior desafeto.
Neste momento, sanfona, zabumba e triângulo se calaram. O público encerrou a dança e o arraial ganhou clima de final de Copa do Mundo.
- O engraçado é que muita gente estava dividida. Queria curtir esse forró, mas também queria assistir à luta. Com a instalação do telão tudo foi resolvido. Foi até melhor, pois assistiu todo mundo junto e a festa ficou ainda mais animada. A agitação do pessoal foi muito grande. Cada golpe do Anderson era como um gol do Brasil - revelou o jornalista Saulo Andrade.
Por causa das inúmeras ofensas do falastrão Chael Sonnen, o clima de rivalidade era semelhante a um Brasil e Argentina. Todos queriam que o americano engolisse as palavras com um belo nocaute do Spider.
Com a vitória do brasileiro no segundo round, a vibração do público bem que poderia ser confundida com um hexacampeonato da seleção brasileira nos gramados.
- Foi maravilhoso. O Anderson Silva honrou o nosso país no MMA com um nocaute incontestável. Mostrando que é muito superior ao Sonnen. Após a luta, mostrou uma superioridade ainda maior. Mesmo sendo ofendido o tempo todo pelo americano, pediu aplausos para ele - disse Leandro da Graça.
Vitória brasileira garantida no MMA, a comemoração - não poderia ser diferente - terminou com muito forró na pista. A festa continua!
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