Uma das principais testemunhas no processo do brutal assassinato de Eliza Samudio fugiu misteriosamente ontem do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional, o Cereps, em Belo Horizonte. Jailson Alves de Oliveira, que ouviu do suposto executor da modelo, o ex- policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que o corpo de Eliza foi queimado e jogado para os peixes, deixou a cadeia, mesmo estando perto de receber o benefício do regime semiaberto. Desesperada a mulher de Jailson, Zélia Resende, disse que não tem notícias do marido.
" Eu o visitei no sábado, ele estava tenso, mas ele não tinha motivo para fugir, não ia demorar a ser solto. Acho que isso está ligado ao caso do goleiro Bruno. O Bola tinha muitos amigos policiais. Hoje eu temo pela minha própria vida", disse Zélia, que recebeu a visita da polícia mineira ontem pela manhã em sua casa, em Contagem.
O advogado de Jailson, o criminalista Angelo Carbone, acredita em queima de arquivo."Ele tinha medo de ser morto na cadeia por ter contado o que aconteceu com o corpo da Eliza e sabia que o Bola tinha amigos na polícia. Essa fuga é muito estranha, porque ele estava perto de receber o benefício do regime semiaberto", alertou o advogado.
Jailson foi condenado há 30 anos por latrocínio (roubo seguido de morte), mas já havia cumprido dez anos de cadeia, ou seja, um terço da pena.
Delegado: ‘Deu mole’
A Polícia Mineira informou que só vai se pronunciar sobre o assunto hoje. Mas o delegado Edson Moreira, que comandou as investigações da morte de Eliza, confirmou a fuga.
A Polícia Mineira informou que só vai se pronunciar sobre o assunto hoje. Mas o delegado Edson Moreira, que comandou as investigações da morte de Eliza, confirmou a fuga.
"Fiquei sabendo, mas não tenho muitos detalhes. Só acho que ele deu mole, porque, pelo que sei, ele estava para sair. Ele não teve paciência, mas não vai demorar a ser encontrado", aposta o delegado, que hoje está licenciado da polícia.
Goleiro está isoladão
Para o advogado do ex-goleiro, Rui Pimenta, Bruno está sendo ‘perseguido’ na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. O ex-jogador foi condenado a ficar 20 dias sem banho de sol e receber visitas. Ele também não pode trabalhar na faxina por enviar duas cartas, uma a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e outra a um programa de TV. "Há um diretor querendo fazer fama com o nome do Bruno", disse.
Para o advogado do ex-goleiro, Rui Pimenta, Bruno está sendo ‘perseguido’ na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. O ex-jogador foi condenado a ficar 20 dias sem banho de sol e receber visitas. Ele também não pode trabalhar na faxina por enviar duas cartas, uma a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e outra a um programa de TV. "Há um diretor querendo fazer fama com o nome do Bruno", disse.
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