Mesmo com um jogador a mais durante grande parte do jogo - o goleiro Deola, do Vitória, foi expulso por reclamação ainda no primeiro tempo -, o América-MG não conseguiu encerrar o jejum de vitórias. Na tarde deste sábado, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 16ª rodada da Série B do Campeonato Braisleiro, o time mineiro chegou à quinta partida sem vencer. Apesar da desvantagem numérica, o Vitória se superou. Na raça, o time baiano buscou o empate e, no fim, virou o placar para 2 a 1.
O gol do Coelho foi de Alessandro. Pedro Ken e Marcelo Nicácio marcaram na reação do Rubro-Negro baiano. Com o resultado, o Vitória, na vice-liderança, foi para 35 pontos ganhos, um atrás do primeiro colocado, o Criciúma. O América-MG, com a derrota, estaciona nos 26 pontos, em sétimo lugar. Na próxima rodada, a 17ª, o Coelho vai a Natal, onde encara o ABC, no Frasqueirão, nesta terça-feira, às 21h50m (de Brasília). No mesmo dia, o Vitória entrará em campo, às 19h30m (de Brasília), no Barradão, onde receberá o Guaratinguetá.
O pequeno público no estádio (apenas 2.465 pessoas pagaram ingressos, para uma renda de R$ 48.910,00) viu um resultado conquistado na raça, na luta. Méritos para o bom esquema armado pelo Vitória, que não foi sufocado em momento algum na partida. Mesmo quando o América-MG tinha um volume maior em campo, a equipe baiana manteve a tranquilidade e conquistou o resultado.
Curiosamente, os grandes nomes da partida não estavam dentro de campo. Pelo lado americano, Marco Antônio Milagres fazia a estreia como treinador profissional, ao sair do time de juniores e substituir Givanildo Oliveira, demitido após a sequência de quatro jogos sem vitória. Já no time baiano, Paulo César Carpegiani, um dos grandes responsáveis pelo bom momento da equipe, que chegou ao G-4 e contabiliza um dos melhores desempenhos como visitante, comandava do lado de fora.
Arbitragem polêmica
O jogo começou bastante truncado. As duas equipes disputavam, palmo a palmo, cada espaço do gramado e, por consequência, a posse de bola. Jogadas ríspidas eram comuns, e o árbitro Antônio Frederico Carvalho Schneider tinha trabalho para conter a violência em campo.
E Alessandro tratou de movimentar ainda mais os ânimos. Aos 23 minutos, o atacante deixou o Coelho na frente no placar. Bryan cruzou da esquerda, o centroavante dominou com o braço e tocou no canto do goleiro Deola. O arqueiro do time baiano, para complicar ainda mais a situação do Rubro-Negro, foi expulso, após reclamar rispidamente do árbitro.
Com a saída do goleiro, o técnico Paulo César Carpegiani trocou o meia Willie pelo arqueiro reserva Douglas. E, mesmo com um a menos, o Vitória conseguiu empatar. Aos 32 minutos, a defesa do América-MG parou, ao pedir atendimento médico para Dudu, que sangrava no gramado, e Gílson achou Pedro Ken na área. O meia fuzilou, sem chances para Neneca.
Na sequência, William ainda obrigou Neneca a fazer uma defesa milagrosa. O goleiro do Coelho mandou para escanteio. O América-MG se complicou ao levar o gol e não conseguia furar o bloqueio baiano, que se reestruturou.
A arbitragem do carioca Antônio Frederico de Carvalho Schneider desagradou bastante ao time baiano. O médico do Vitória acabou também sendo expulso do banco de reservas, e a reclamação, após o encerramento da primeira etapa, só aumentou.
Virada espetacular
No segundo tempo, o Vitória apostou nos contra-ataques e deixou apenas William na frente. Depois, Marcelo Nicácio foi para o jogo na vaga do centroavante do time baiano, assim como o zagueiro Rodrigo. Milagres colocou Fábio Júnior, antes criticado pelo torcedor, e Pará na vaga de Dudu.
O panorama da partida não se alterou. O América-MG tentava, sem sucesso, furar o bloqueio do Vitória, que se segurava. O time baiano ainda teve chances no contra-ataque, com Leilson, mas Neneca salvou novamente a sua equipe, ao buscar a bola no ângulo.
Mas Nicácio justificou a fama de mau visitante do Vitória e virou o placar a cinco minutos do fim do jogo. Delírio da torcida rubro-negra, que emudeceu os americanos em pleno ndependência. No desespero, o América-MG ainda buscou o empate, mas não conseguiu organizar as jogadas de ataque. O dia era mesmo dos baianos.
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