No primeiro bloco, os candidatos podiam escolher os temas das perguntas que trocaram
Os candidatos ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) participaram na noite desta sexta-feira (26) na TV Bahia do último debate de campanha antes das eleições de domingo. O encontro foi mediado pelo jornalista Alexandre Garcia, que também teve a mesma função no primeiro turno. O debate começou pouco depois das 23h e terminou cerca de uma hora depois. Mais curto, voltou a contar com acusações já feitas em outros debates - apoio ao prefeito João Henrique, falta de realizações dos respectivos partidos quando à frente de Salvador e da Bahia e o tema da necessidade do apoio dos governos estadual e federal para se administrar a cidade.
Os dois candidatos à prefeitura de Salvador participaram de último debate
No primeiro bloco, os candidatos podiam escolher os temas das perguntas que trocaram. Pelegrino fez a primeira questão, sobre os projetos de trânsito de Neto, perguntando como o candidato do DEM pretendia financiar as obras, "praticamente uma cópia" do projeto petista, segundo ele. Neto declarou que o financiamento viria de "um conjunto" - contando com apoio do governo federal e da iniciativa privada. "Vou colocar como contrapartida justamente essas intervenções", declarou. Neto usou sua pergunta seguinte para questionar o papel de Pelegrino como secretário da Justiça do governo Jaques Wagner. Ainda foi discutido como Neto pretendia governar a capital sem apoio dos governos federal e estadual e o preço da conta de água na capital baiana. Pelegrino acusou Neto de fazer parte do grupo político que instituiu a taxa de esgoto, responsável pelo encarecimento da conta.
O segundo bloco trouxe uma discussão sobre temas sorteados, como o combate ao uso de drogas e ao tráfico, saúde e habitação. "Fui o primeiro secretário a criar um programa específico para o tráfico de drogas. Pretendo fazer uma rede integrada de recuperação desses usuários, com centros de atenção especializados, consultórios de rua e investir na capacitação desses usuários", disse Pelegrino, falando sobre sua atuação como secretário de Justiça do governo Wagner, já questionada por Neto no primeiro bloco. O candidato do DEM perguntou porque o governo estadual do PT não fez nada para resolver o problema de moradia nas palafitas de Massaranduba. "As pessoas vivem em condições degradantes, quando chove vira um inferno".
Neto e Pelegrino ficaram frente a frente em debate na TV Bahia
No terceiro e último bloco, a greve dos professores da rede estadual voltou à baila, assim como a educação. Outro tema recorrente, já debatido em outros debates, figurou: o apoio ao governo João Henrique. Pelegrino acusou Neto de apoiar a atual gestão da capital baiana e de não trazer recursos para a cidade em sua atuação como deputado. Neto rebateu citando aliados do petista que ocupam cargos no governo de João Henrique e citou até um irmão de Pelegrino que trabalha na Sucom. Houve então uma troca de acusações sobre o uso de agressões a familiares na campanha. "Você respeite meu irmão!", pediu Pelegrino. "Quem passou a campanha toda ofendendo a família foi o senhor, que atacou a minha família, inclusive o senador ACM, que não está mais aqui para se defender", disse Neto.
No discurso de encerramento, os dois procuraram se descolar da atual gestão e se apresentaram como a mudança que Salvador precisa no momento. "Não se deixe intimidar pelo medo e ameaça, que foi a tônica da campanha do nosso adversário. Você é livre", disse Neto. "Tenho certeza que Salvador vai dar um passo adiante, não vai querer retroceder, nem ficar com a continuidade atual", rebateu Pelegrino, classificando a política de Neto de uma "forma do passado".
Repercussão
Após o programa, o candidato do DEM ACM Neto comentou sua participação. "Fiquei muito satisfeito com esse último debate. Com certeza foi muito mais tranquilo do que os outros e não foi marcado por acusações. Acredito que os eleitores que estavam indecisos puderam definir o seu voto", disse.
Pelegrino também se disse satisfeito com seu desempenho e considerou que o debate da TV Bahia foi "mais tranquilo" do os que aconteceram ao longo da semana. "Agora é só esperar pelo resultado no domingo", concluiu.
CORREIO DA BAHIA
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