Retaliação? Após sofrer ‘revés’ nas urnas, prefeito do Sertão retira serviço e prejudica população com câncer
Depois de não ter conseguido eleger a sobrinha Dr. Pâmela (PSD) na disputa pela sucessão municipal de Coremas, o prefeito da cidade Edilson Pereira de Oliveiraaproveitou os últimos dias de mandato para literalmente ‘dar o troco’ ao eleitorado retirando, sem explicações à população, a ambulância que fazia, entre outras coisas, o transporte dos portadores de câncer até o Hospital Napoleão Laureano em João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba.
Além de fazer o transporte dos portadores de câncer, a ambulância também era utilizada pela população local em prestação de socorro e serviços emergências. A ambulância simplesmente foi retirada logo após o resultado do pleito e não há previsão para o seu retorno.
A população apreensiva aguarda a intervenção do Ministério Público e até mesmo um posicionamento por parte da gestão municipal. “Não podemos ser vitimas de retaliações políticas simplesmente porque o prefeito perdeu, queremos a ambulância de volta”, reclamou um dos moradores que não quis se identificar. A reportagem do PB Agora tentou entrar em contato durante toda a manhã com a gestão municipal para saber o posicionamento da prefeitura, mas os telefones apenas chamavam.
CONDENADO A DEVOLVER R$ 2 MILHÕES
Na semana passada, o Tribunal de Contas da Paraíba emitiu pareceres contrários à aprovação das contas de 2009 e 2010 apresentadas pelo prefeito de Coremas Edílson Pereira de Oliveira, a quem deu o prazo de 60 dias para a devolução voluntária aos cofres municipais de quantia superior a R$ 1,9 milhão, sob pena de cobrança executiva pelo Ministério Público.
Edílson, que ainda tem direito a recurso, respondeu por despesas não comprovadas, em sua maior parte, com aquisição de combustíveis. Relator de ambos os processos, o conselheiro Fábio Nogueira observou que, apenas no exercício de 2009, uma ambulância da Prefeitura consumiu combustível suficiente para rodar 900 quilômetros por dia, sem interrupção, durante o ano inteiro.
Gastos sem comprovação documental com limpeza urbana e com o INSS também compuseram o conjunto dos débitos impostos ao prefeito de Coremas. Por recomendação do conselheiro André Carlo Torres Pontes o TCE decidiu, ainda, encaminhar cópias dos autos processuais à Receita Federal para verificação do movimento comercial de postos de gasolina da cidade. Defensor do prefeito, o advogado Johnson Abrantes comunicou, de imediato, o propósito de recorrer contra ambas as decisões do Tribunal de Contas.
Investimento em educação abaixo do limite mínimo constitucional ajudou a reprovar as contas de 2010 do prefeito de Gurjão José Martinho Cândido de Castro. A ele foi imputado débito de pouco mais de R$ 2.000,00 por divergência entre o saldo bancário existente e o informado ao Sagres.
Com informações de Henrique Lima
PB Agora
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