Sobre Jackson, o deputado diz: 'Xinga minha mãe e quer audiência comigo? Palhaçada. Se respeite, rapaz
O deputado estadual Paulinho Filho (PTdoB) ocupou a tribuna na Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (22), para denunciar uma série de indícios de irregularidades e crimes eleitorais registrados na eleição municipal em Laranjeiras, onde sua mãe, Marta Hagenbeck (PSC), foi derrotada na disputa para prefeito para José Araújo Leite Neto (PMDB), o “Juca de Bala”. O parlamentar fez acusações graves, inclusive denunciando uma suposta agiotagem de um empresário e de supostos abusos cometidos pelo juiz eleitoral. No fim, o deputado ficou solidário com o governador Marcelo Déda (PT) e mandou um recado duro para o governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB).
Ao iniciar seu pronunciamento, o deputado lembrou que havia prometido não tratar de questões municipais na tribuna da AL. Ele agradeceu os quase oito mil votos obtidos por sua mãe na eleição, mas justificou seu discurso diante das notas consecutivas publicadas pelo Jornal da Cidade. “Lutamos contra a Prefeitura de Laranjeiras que tem uma arrecadação de quase R$ 8 milhões, contra a Câmara Municipal que arrecada quase R$ 400 mil, contra a Usina Pinheiro, contra empresários de todo Estado e, é bom frisar, contra o governo do Estado pois o governador em exercício não saia de lá”.
Em seguida, o parlamentar disse em eleição se perde e se ganha, que seu grupo político não deixar de atuar em Laranjeiras, mas que não vai aceitar provocações do JC. “Todo domingo o Jornal da Cidade vem com notinhas sobre mim. Não vou ficar sendo ofendido calado. Pelo o que já colocaram do prefeito eleito ele vai fazer mais em Laranjeiras do que fizeram na Alemanha. Quero externar para todo Sergipe que o radialista Gilmar Carvalho, antes da eleição, veiculou no seu programa uma gravação quando o prefeito eleito deixava dinheiro para a compra de tijolos e cimento (em troca de votos). Ele não processou o radialista e nem tentou se defender. Apenas pediu para a Polícia Federal fazer o teste da voz. Querem é ganhar tempo!”.
Paulinho Filho citou outra nota publicada por uma colunista do Jornal da Cidade. “Ela diz que ele venceu o poder econômico e político. Que poder econômico? Foi aberto um inquérito no ano passado para apurar o mensalão do bem. Um rolo na Câmara Municipal e ninguém sabe como anda esse processo. Um assessor meu foi almoçar ontem na Orla e lhe disseram no restaurante que o empresário Marcos Franco emprestou R$ 2 milhões à campanha de Juca de Bala com a promessa de receber R$ 4 milhões. Me chamem na Justiça que eu vou dizer, um a um, todos os envolvidos”.
Em seguida, o parlamentar disse em eleição se perde e se ganha, que seu grupo político não deixar de atuar em Laranjeiras, mas que não vai aceitar provocações do JC. “Todo domingo o Jornal da Cidade vem com notinhas sobre mim. Não vou ficar sendo ofendido calado. Pelo o que já colocaram do prefeito eleito ele vai fazer mais em Laranjeiras do que fizeram na Alemanha. Quero externar para todo Sergipe que o radialista Gilmar Carvalho, antes da eleição, veiculou no seu programa uma gravação quando o prefeito eleito deixava dinheiro para a compra de tijolos e cimento (em troca de votos). Ele não processou o radialista e nem tentou se defender. Apenas pediu para a Polícia Federal fazer o teste da voz. Querem é ganhar tempo!”.
Paulinho Filho citou outra nota publicada por uma colunista do Jornal da Cidade. “Ela diz que ele venceu o poder econômico e político. Que poder econômico? Foi aberto um inquérito no ano passado para apurar o mensalão do bem. Um rolo na Câmara Municipal e ninguém sabe como anda esse processo. Um assessor meu foi almoçar ontem na Orla e lhe disseram no restaurante que o empresário Marcos Franco emprestou R$ 2 milhões à campanha de Juca de Bala com a promessa de receber R$ 4 milhões. Me chamem na Justiça que eu vou dizer, um a um, todos os envolvidos”.
O deputado seguiu em frente e disse que “no sábado, véspera da eleição, minha mãe ia chegando na praça, acompanhada de suas duas netinhas e foi parada pelo juiz eleitoral com quatro carros de polícia. Botaram minha mãe e as crianças na parede! Ela foi abordada e revistada. Fizeram isso com todos, inclusive comigo. Revistaram meu carro. Eu tinha medo até de sair com dinheiro de casa porque podiam me prender. Tudo a mando do juiz eleitoral. Agora eu denuncio também aqui um processo onde o prefeito eleito teve como advogada Carla de Oliveira Costa Menezes, que é esposa do juiz de Laranjeiras. Ou seja, esse juiz não podia ter feito essa eleição, devia se julgar impedido. Ganharam a eleição na tora! Proibiram carreatas, tiraram meu pai da campanha e fizeram tudo isso”.
Paulinho Filho assegurou que acredita na Justiça do Estado e ainda fez outra denúncia grave. “Fui a um instituto de pesquisa, faltando poucos dias para a eleição, e um fornecedor me disse que perderíamos a eleição porque ele ia investir R$ 2 milhões campanha do nosso adversário. Aí vem o governador em exercício (Jackson Barreto) e diz no rádio que venceu em Laranjeiras, que derrotou o poder econômico. Quer dizer, ele vai para o rádio, xinga minha mãe, xinga meu pai e, duas horas depois, entra em contato para me pedir uma audiência? Com ele no governo eu não piso os meus pés lá! Se respeite! Eu estarei lá sim, mas em 2015. Palhaçada! Eu tenho lado na política e não tenho esse estilo”.
O deputado acrescentou ainda sobre o seu respeito com o governador Marcelo Déda. “Eu enviei uma mensagem para Déda que atravessa um momento difícil. Eu passei por isso ano passado. Vários deputados me apoiaram e ficaram comigo no hospital. Zé Franco (PDT), por exemplo, ficou do meu lado quatro dias. Déda respondeu e me agradeceu. Continuo orando por ele e já conversamos muito. Sou grato pelo tempo que estive na base e não tenho o que falar dele. Agora esse governador em exercício, logo depois da eleição, com as feridas abertas ainda, faz isso?”, questionou.
Em aparte, o deputado Augusto Bezerra (DEM) ficou solidário com Paulinho Filho sobre a realidade política de Laranjeiras. “Fico surpreso com seu posicionamento, por provar que tem lado e que tem palavra. Acho que o senhor foi até paciente demais, porque eu não aceito que juiz algum mande fazer revista em mim, querendo intimidar com armas apontadas. Em Simão Dias tinha um Capitão da PM, chamado de Flávio Artur, metido a valente. Disse que ele parasse de bater no povo de Simão Dias e tivesse coragem de vir bater em mim. Diante dessas denúncias a gente fica preocupado porque a prefeitura de Laranjeiras já vai iniciar um novo mandato com débitos altos demais”.
A deputada Ana Lúcia (PT) chamou a atenção para outro detalhe. “Vossa Excelências fez denúncias sérias aqui na tribuna. Infelizmente nós vemos vários exemplos desses descasos e como representante do povo, pelo o que o senhor mostrou, está claro o crime de agiotagem, que é crime. O senhor acusou o empresário Marcos Franco de agiotagem e eu acredito que o Ministério Público Federal e que o Ministério Público Estadual estejam acompanhando isso. A política desse País não pode continuar sendo destruída, sendo tratada como mercadoria. Se Vossa Excelência tem provas deve encaminhá-las as autoridades competentes”.
A deputada Ana Lúcia (PT) chamou a atenção para outro detalhe. “Vossa Excelências fez denúncias sérias aqui na tribuna. Infelizmente nós vemos vários exemplos desses descasos e como representante do povo, pelo o que o senhor mostrou, está claro o crime de agiotagem, que é crime. O senhor acusou o empresário Marcos Franco de agiotagem e eu acredito que o Ministério Público Federal e que o Ministério Público Estadual estejam acompanhando isso. A política desse País não pode continuar sendo destruída, sendo tratada como mercadoria. Se Vossa Excelência tem provas deve encaminhá-las as autoridades competentes”.
Em resposta, Paulinho Filho garantiu que já existe um processo em andamento sendo investigado pela Polícia Federal. “Se vierem com notinhas eu vou continuar respondendo aqui na tribuna. Reafirmo aqui tudo que falei. Ninguém aqui vai pautar o meu discurso aqui na Assembleia. Falo com convicção e se for preciso, vamos para a Justiça e vou pedir a quebra dos sigilos telefônicos, citando todas as empresas envolvidas. Já existem gravações na Polícia Federal. Não vou me calar e só temo a Justiça divina”
ALESE, ascom
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