Uma declaração do presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil de Sergipe (Adepol), Cássio Viana, ao Portal Universo Político, deixou o deputado estadual capitão Samuel Barreto indignado.
Referindo-se a uma entrevista do deputado militar ao Cinform, que trata do direcionamento das subvenções, Cássio disse ao Universo Político que a suposta afirmativa de Samuel, de que eventuais desvios do dinheiro concedido pela Assembleia Legislativa às associações e organizações não governamentais é culpa dos prefeitos e delegados, que autorizam as suas criações e, por consequência, devem fiscalizá-las, é totalmente desarrazoada e maldosa, numa tentativa cristalina de fugir das suas responsabilidades.
Em resposta as declarações do delegado de polícia, Samuel Barreto rebateu as críticas e classificou de irresponsável a repórter do Cinform, autora da matéria que gerou toda essa polêmica. O parlamentar acredita que a postura do delegado é condizente de quem quer se promover.
“Para ser delegado ele tem que se formar em Direito e passar num concurso. Somente isso e nada mais. O delegado para aparecer tem que aparecer trabalhando, prendendo bandido, fazendo investigação, demonstrando para a sociedade que merece ganhar 23 mil reais por mês. Ele tem que trabalhar não somente de segunda a sexta, no horário comercial, saindo para almoçar 11h e voltando 3h da tarde. Recebe 23 mil por mês um delegado, trabalha de segunda a sexta e não trabalha feriado, não trabalha final de semana, não trabalha a noite quando a sociedade mais precisa. O delegado para falar tem que corrigir esses problemas da categoria de delegado. Tem que justificar para a sociedade o que recebe, começa por ai”, pontuou.
Samuel Barreto chamou a jornalista de irresponsável, que segundo ele, teria agido com maldade para lhe prejudicar. O deputado observou ainda que o delegado não tem nenhuma autoridade para desafiá-lo.
“O delegado se baseou ao falar de uma coisa que não sabe, não tem conhecimento. A matéria do Cinform foi com maldade. A repórter sendo irresponsável não botou a parte que eu coloquei. Por que na matéria eu falei todas as entidades que tinham colocado subvenção. Infelizmente, por não querer colocar na matéria a repórter excluiu essa parte, acredito que por maldade da repórter do Cinform, por que eu disse claramente todas as entidades que eu tinha ajudado. Então ela errou nisso. E o delegado com o desejo de aparecer vai para a imprensa para me desafiar. Delegado tem autoridade nenhuma para desafiar deputado. Começa por ai também”, criticou.
Capitão Samuel explicou o que teria declarado ao Cinform em relação à legislação que trata do reconhecimento de entidades de utilidade pública.
“O que falei sobre delegado de polícia foi somente que a entidade para ser reconhecida de utilidade pública na Assembleia Legislativa precisa de uma declaração que está cumprindo seu papel fielmente assinada por um delegado de polícia, por um prefeito ou por um juiz de Direito. Então eu estava falando isso para a repórter irresponsável do Cinform. Eu expliquei pra ela qual era a documentação exigida pela Receita Federal, o documento assinado por um prefeito, um juiz ou delegado de polícia. A conjuntura da reportagem esta toda errada”, explicou.
Samuel lamentou a falta de atenção do presidente da Adepol e avisou que nenhum delegado vai conseguir o desqualificá-lo. O parlamentar observou que o delegado precisa trabalhar e justificar para a sociedade o salário de R$ 23 mil.
“Fico triste em ver um delegado de polícia formado em Direito não ligar para mim, não falar nada, e pegar uma reportagem totalmente maldosa e sair falando do deputado capitão Samuel. Desqualificar o capitão Samuel, nenhum delegado vai conseguir. Cássio tem é que trabalhar, mostrar pra sociedade o que está fazendo para valer a pena o dinheiro que ganha. Com a postura do presidente do Sindicato dos Delegados eu não posso ficar calado por que foi no mínimo uma postura tendenciosa. Quero dizer que para mim esse assunto se encerra”, concluiu Samuel.
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