O empresário do ramo de futebol José Augusto dos Santos, 44 anos, conhecido como Baleia, foi indiciado por exploração sexual contra meninos que ele agenciava.
O suspeito morava com 11 garotos com idade entre 13 e 17 anos em uma casa do município de Nossa Senhora da Glória, em Sergipe. Ele tinha uma equipe de futebol amador e visitava vários municípios do Brasil como olheiro e convencia as famílias a autorizarem os jovens a mudarem de cidade. A promessa era de um futuro promissor no esporte.
O caso foi à tona por volta das 22h30 do domingo (20) quando quatro adolescentes serraram o cadeado do alojamento e pediram ajuda a policiais militares que estavam fazendo a ronda. “O suspeito tinha saído da casa em busca de outros dois menores que tinham saído.
Após a denúncia todos foram encaminhados à delegacia para prestarem depoimento”, explica o delegado de Glória, Antônio Francisco de Oliveira Filho.
Oito meninos são de São Raimundo Nonato, no Piauí, dois deles da Bahia e outro do estado do Pará. “Fiquei sabendo do caso através das famílias dos meninos. Eles ficaram muito assustados e já foram até Sergipe para trazê-los de volta. Vou acompanhar as investigações e orientar as pessoas daqui para que casos como este não aconteçam mais”, afirma Cíntia Vasconcelos, delegada do município piauiense. Um adolescente de 15 anos é o único quecontinua em Glória, ele voltará para o Pará ainda nesta semana.
Segundo Antônio Francisco, quatro rapazes relataram em depoimento que praticavam sexo com o suspeito em troca de benefícios como roupas e dinheiro. Um deles conta que foi abusado em troca de R$ 45. O exame de corpo delito das vítimas não foi feito, porque eles informaram que os abusos vinham acontecendo há cerca de um mês, mas não nos dias antes da denúncia.
“Ele mandava fazer testes em clubes e se não desse certo, voltava tudo de novo. Ele chegava quando a gente estava deitado, começava a passar a mão, beijava… era assim toda vez”, lembra uma das vítimas.
O suspeito foi preso no domingo e liberado no dia seguinte após ser ouvido, pois não houve flagrante. “Ele negou as acusações e argumentou que era conhecido na cidade como uma pessoa de bem, mas ele vai responder processo em liberdade”, revela o delegado.
“Eu trabalho esse tempo todo com futebol e isso nunca aconteceu. Quando a gente trabalha como massagista sempre recebe crítica por estar alojando garotos e acusado de ter abusado eles sem isso existir”, nega o suspeito José Augusto.
Para o delegado Antônio Francisco não há dúvidas que o crime aconteceu. “São quatro depoimento dos menores contam com detalhes como tudo aconteceu. O histórico do suspeito também levam a crer que o que eles estão dizendo é verdade”. O inquérito policial foi concluído e José Augusto foi indiciado por exploração sexual de menores.
Fonte: G1 SE
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