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sábado, 19 de janeiro de 2013

Advogada diz que 'quem ajuda bandido colabora com o crime'. Déda defende 'vaquinha' para condenados no mensalão




O governador de Sergipe, Marcelo Déda, disse ontem,  que ajudar os dirigentes petistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470, o processo do mensalão, a pagarem as multas estabelecidas pelo tribunal é uma questão de “generosidade” e “solidariedade”.
Déda foi questionado por jornalistas se irá a um jantar que o PT está organizando para arrecadar fundos para ajudar no pagamento das multas. A festa vai ocorrer amanhã (17) em um restaurante de Brasília, e os convites variam entre R$ 100 e R$ 1 mil. De acordo com o partido, foram vendidos 110 dos 170 convites disponíveis.
Apesar de não ir ao jantar, o governador disse que solidarizar-se com amigos não significa apoiar eventuais erros cometidos por eles e que está disposto a contribuir para o pagamento das multas do mensalão, se for procurado.
“Eu sou de uma geração que aprendeu a valorizar a solidariedade. Solidarizar-se com um companheiro, com um amigo, que eventualmente sofreu uma condenação criminal, não significa nenhum tipo de adesão a um possível erro que foi cometido. É um dos aspectos mais belos da vida humana: ser capaz de solidarizar-se com um companheiro que não deixou de ser amigo porque eventualmente foi condenado”, disse  Déda em entrevista após encontro com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
“Eu, se procurado, contribuirei nos limites da minha solidariedade com aqueles que são meus amigos. Foram meus companheiros de 20, 30 anos e que eventualmente estão condenados pelo STF”, acrescentou.
O governador chegou a citar um trecho da Bíblia para argumentar a favor da solidariedade e generosidade. “Há um trecho em Mateus que precisa ser lido com mais frequência. É aquele em que o evangelista diz que Jesus relatara que no final dos tempos ele agradeceria às pessoas que o visitaram quando estavam doente, que foram à prisão quando ele estava preso. Eles dirão: 'Mas eu nunca te vi na prisão, nunca te vi doente'. Ele disse: 'aquele preso a quem foste visitar, aquele doente a quem visitaste era eu'. Isso não precisa ser religioso para entender”.
Somadas, as multas recebidas pelos deputados José Genoíno (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, passam de R$1,5 milhão.
Jantar
Cerce de 80 petistas participaram do jantar.
O Correio Braziliense divulga nesta sexta-feira, 18, a seguinte informação:
Antes do início do jantar, uma jovem se postou em frente à porta da galeteria em protesto contra o evento. A advogada Marília Gabriela Ferreira de Farias levantou um cartaz defendendo que os militantes petistas dividissem as penas de prisão com os condenados no processo do mensalão. “Moro aqui do lado, estava vendo essa palhaçada e resolvi descer aqui para protestar. Quem ajuda bandido colabora com o crime”, disse Marília.

NE NOTÍCIAS / AGÊNCIA BRASIL E CORREIO BRAZILIENSE

* FOTO DA NET.

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