Havia uma única porta para a saída, o que dificultou a evacuação do local
A polícia de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, informou que 245 corpos haviam sido retirados de dentro da casa noturna Kiss, depois do incêndio que atingiu o local durante a madrugada deste domingo (27). No entanto, o número pode aumentar, já que outras pessoas morreram em hospitais. Há informações de cerca de 200 feridos.
A festa foi organizada por alunos de cursos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Havia mais de mil pessoas dentro da boate na hora que o fogo começou. As chamas podem ter sido provocadas por um sinalizador, lançado do palco por um integrante da banda que se apresentava.
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, lamentou o acontecido em um vídeo publicado na internet momentos antes de embarcar para Santa Maria.
— Recebemos hoje pela manhã esta notícia terrível de uma tragédia gravíssima na cidade de Santa Maria. Em luto ao Rio Grande, em luto ao Brasil, em luto à cidade, neste momento estou me dirigindo para lá para acompanhar o trabalho da Brigada Militar, dos bombeiros, da Polícia Civil, do Instituto Geral de Perícias. Também para compartilhar o luto da cidade, que é um luto de todo o Rio Grande, de todo o nosso País.
O delegado Sandro Meinerz falou, em entrevista à rádio Guaíba, que havia uma única saída na boate, o que dificultou a evacuação do local.
— É um acesso muito pequeno. Havia muita gente lá dentro. A porta virou um funil e eles tiveram dificuldade para sair. As pessoas, na hora do pânico, usam de todas suas forças para sair e muita gente acabou morrendo por causa disso.
Ele ainda acrescentou que a Polícia Civil procura pelos proprietários da Kiss. As primeiras testemunhas devem ser ouvidas neste domingo.
Os feridos foram levados ao Hospital Universitário, Pronto Atendimento do Patronato, Hospital de Guarnição e Hospital de Caridade.
Ainda nesta manhã, policiais trabalhavam também para conter familiares que estiveram no local em busca de informações. Muitos quiseram entrar na casa noturna e tiveram que ser impedidos.
Pelas redes sociais, pessoas convocavam doadores de sangue, ajuda de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para os hospitais.
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