Foram mais de 30 dias de férias no Brasil, reuniões e um final nada feliz para Conca e o Fluminense. O jogador argentino embarcou na última quinta-feira para a China chateado com o que considerou falta de esforço do time das Laranjeiras por sua contratação. Para amigos, o meia admitiu que não dará mais prioridade ao time carioca num possível retorno ao país no futuro.
Conca se reuniu com o Fluminense por algumas vezes, discutiu salários, mas ficou frustrado pelo fato da equipe carioca não ter apresentado ao menos uma proposta formal ao Guangzhou Evergrande, com quem ele tem contrato até dezembro de 2013. A chateação por deixar a situação apenas sob sua responsabilidade acabou externada em uma entrevista no 'Jogo das Estrelas', quando o argentino disse que havia lutado sozinho para voltar ao Brasil.
Nas reuniões para tentar viabilizar seu retorno, Conca disse aos dirigentes do time das Laranjeiras que aceitaria devolver o adiantamento salarial recebido por um ano de contrato – o Fluminense arcaria com a outra metade -, mas que somente a devolução dos quase R$ 24 milhões não seria suficiente para o Evergrande negociá-lo. A equipe chinesa havia pago cerca de R$ 19 milhões para ter o jogador em 2011.
A diretoria do Fluminense, porém, sempre manteve o discurso de que não cometeria loucuras financeiras para contar com o atleta e que aguardava a resolução do jogador com os chineses. Sem acordo amigável, os valores investidos seriam altos demais para a situação do clube no momento.
“O Conca não é um jogador que está nos últimos seis meses de contrato, onde poderíamos negociar diretamente com ele. Os números que foram sugeridos pelo time chinês, ao menos por enquanto, eram muito distantes. Mas em momento nenhum deixamos de marcar posição em relação ao interesse. Em caso de liberação, teríamos condições de atender, e isso já responde o quanto ele é ídolo”, disse o diretor executivo Rodrigo Caetano.
O vínculo de Conca vence no final desta temporada e qualquer equipe poderá assinar um pré-contrato acertando apenas os salários para tê-lo no final do ano. A vontade do armador, porém, é de retornar ao Brasil agora ou no meio do ano.
Renan Rodrigues
Do UOL, no Rio de Janeiro
Do UOL, no Rio de Janeiro
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