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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CORPOS APODRECEM AO AR LIVRE NO PÁTIO DE IML SUCATEADO



O Instituto Médico Legal (IML) de Governador Valadares, no leste de Minas Gerais, responsável por atender 70 municípios da região, sofre com a superlotação de corpos e com condições precárias de funcionamento. Segundo Elsias Nascente Coelho Neto, diretor da instituição, cadáveres de indigentes precisam ser remanejados e colocados no pátio do IML por falta de espaço na geladeira. Neto denuncia que constantemente os corpos chegam a ficar entre três e quatro dias expostos ao sol (ver foto) e causam mau cheiro e aglomeração de moscas e insetos.
Em determinada ocasião, a falta de água no local, outro problema rotineiro, fez com que os cadáveres fossem tirados da geladeira por três dias.
"Faltou água no IML, não tivemos como realizar os exames. A geladeira estava cheia. Com a temperatura de 40°C que temos aqui, os corpos quase ficaram em estado de putrefação. Alguns familiares quiseram nos processar. Nós pedimos um caminhão pipa para a prefeitura, que não nos atendeu", reclamou.
De acordo com o diretor, a geladeira onde são colocadas pessoas ainda não identificadas tem capacidade para quatro corpos. "Os funcionários têm que amontoar nove cadáveres neste espaço. Quando aparece o corpo de um indigente novo eu tiro um antigo (da geladeira), porque a possibilidade de o novo ser reconhecido é maior. Então encaminho o antigo para sepultamento", contou.
"Outra situação que aconteceu na semana passada: os corpos ficaram expostos por quatro dias. Os que ficaram no pátio foram sepultados. E mais: o único rabecão que atende a cidade e a região teve problemas mecânicos e está em manutenção em Belo Horizonte. Veículos da prefeitura municipal têm que atender a demanda", disse.
Ainda de acordo com o diretor, as pessoas não identificadas devem ser sepultadas em caixões cedidos pela prefeitura, fato que, segundo ele, não estaria acontecendo."Infelizmente às vezes que procuramos o município não tivemos êxito", afirmou.
Prefeitura nega descaso
A prefeitura de Governador Valadares informou que o problema de distribuição de água ao IML ocorreu por causa de eventuais reparos na rede e afirmou que, se houver necessidade do caminhão pipa, a instituição é prontamente atendida. Com relação aos caixões, a prefeitura negou que haja falta de urnas para sepultamentos na cidade.
Segundo a assessoria de comunicação, é necessário que haja uma solicitação da delegacia responsável pelo inquérito da morte do indivíduo para a urna ser disponibilizada. Sobre o transporte de corpos feitos por veículos oficiais, a prefeitura afirmou que ajuda quando é solicitada, mas que este seria um problema de responsabilidade do Estado.
Soluções
O chefe de perícias médicas da Polícia Civil de Minas Gerais, instituição responsável pela administração do Instituto Médico Legal de Governador Valadares, Frederico Jardim, informou que a unidade "atende a uma região muito movimentada", por isso a grande demanda. Segundo ele, há uma perspectiva de aquisição de rabecões para todas as regiões do Estado: "Um destes rabecões vai para Governador Valadares", prometeu. "Num futuro próximo, para esse ano ainda", disse.
Jardim informou ainda que o governo de Minas vai adquirir também, "em breve", 15 câmaras frigoríficas para serem enviadas para o interior: "Umas delas também vai para Governador Valadares. Nós já fizemos todo o processo de licitação, está na fase de destinação, dependemos apenas da liberação da verba pelo governo federal," explicou.
Frederico Jardim afirmou ainda que o número de médicos legistas que trabalham no IML de Valadares "é suficiente" devido à situação do posto, mas que, até o final do ano, também serão contratados novos 121 médicos legistas, por meio de concurso público, que serão remanejados para o interior, inclusive Governador Valadares.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que a delegacia da cidade adaptou uma Kombi com duas gavetas que, a partir desta segunda-feira, já começou a realizar o transporte dos corpos na região.
Terra

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