O MPF-RJ (Ministério Público Federal no Rio de Janeiro) abriu uma investigação para apurar suspeitas de irregularidades no processo de privatização do Maracanã. A administração do estádio carioca da Copa do Mundo de 2014 deve ser repassada a uma empresa privada em meados deste ano, de acordo com projeto do governo do Estado do Rio de Janeiro.
O MPF-RJ pretende acompanhar de perto a concessão da arena. Por isso, ele instaurou um inquérito civil público sobre o assunto no final de dezembro. A responsável pelo caso é a procuradora da República Marta Cristina Pires Anciães. É a procuradora quem assina a portaria determinando o início da investigação. Nela, Anciães informa que documentos obtidos pelo MPF-RJ apontam para “supostas irregularidades no tratamento das questões envolvendo o entorno do referido equipamento esportivo”, no caso, o estádio.
A privatização do Maracanã prevê ademolição do antigo Museu do Índio e da Escola Municipal Friedenreich, vizinhos à arena. A empresa que assumir o estádio também será responsável por demolir o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros, e reconstruí-los em outros locais, fora da atual área do complexo esportivo.
Esses projetos de demolição já foram criticados por pais de alunos, índios que vivem na área do antigo museu, além de federações e confederações esportivas. Deputados estaduais também integram um movimento contra a privatização do Maracanã.
Na portaria que instaura o inquérito, o MPF-RJ também cita uma reunião entre procuradores e representantes da sociedade civil realizada no dia 21 de novembro. Nesta reunião, também foram “foram noticiadas supostas irregularidades no processo de concessão do Estádio Mário Filho”.
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