As chuvas que foram registradas em parte do estado nos últimos dias fizeram com que o número de cidades em racionamento caísse de 96 para 54, segundo informações da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), divulgadas nesta segunda-feira (22).
De acordo com a empresa, entre quinta (18) e sexta-feira (19), choveu entre 10 e 65 milímetros na faixa litorânea do estado, o que teria contribuído para o aumento nos níveis dos mananciais utilizados para abastecimento das cidades. A Embasa oferece água encanada para 362 das 417 cidades da Bahia.
Segundo a Embasa, a conclusão das obras da Adutora do São Francisco e a recuperação da Barragem do Rio das Pedras, no norte, colaboraram para o aumento de água em parte dos reservatórios do estado. Segundo o governo, foram investidos mais de R$ 237 milhões nas duas obras.
Racionamento
Na terça-feira (16), a Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos, começou a ter a água racionada. Segundo a Embasa, o motivo foi a falta de chuva esperada para o final de março e também a alta na demanda, provocada pelo calor que permanece mesmo com o fim do verão.
Na terça-feira (16), a Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos, começou a ter a água racionada. Segundo a Embasa, o motivo foi a falta de chuva esperada para o final de março e também a alta na demanda, provocada pelo calor que permanece mesmo com o fim do verão.
Esses fatores, segundo o órgão, influenciaram para baixar o nível da barragem, que abastece duas sedes municipais, 26 localidades da Ilha de Itaparica e um distrito do município de Jaguaripe. O manancial está com 16% da capacidade total de acumulação, alerta a empresa. A redução de 50% no abastecimento vai durar por três meses.
Municípios como Vitória da Conquista, terceira maior cidade da Bahia, tem enfrentado o racionamento pela segunda vez em menos de um ano. Segundo a Embasa, a estimativa era que, entre novembro de 2012 e fevereiro deste ano, o nível de água das chuvas chegasse a 700 milímetros na região de Barra do Choça, onde ficam duas barragens que abastecem a cidade. No entanto, o índice não ultrapassou os 290 milímetros de água.
A situação de estiagem também fez com que mais de 50% das cidades entrassem em estado de alerta por conta do problema, segundo a Defesa Civil do Estado (Cordec).
Incêndios
A seca também tem gerado incêndios em áreas de preservação do estado. Somente neste ano, pelo menos dois grandes incêndios foram registrados na Bahia. Um deles, no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, uma das áreas que mais atrai turistas no interior, consumiu pelo menos 500 hectares no mês de janeiro. Em março, foi a Serra da Fumaça, na região norte do estado, devastou uma área ainda não dimensionada pelo Corpo de Bombeiros da região.
A seca também tem gerado incêndios em áreas de preservação do estado. Somente neste ano, pelo menos dois grandes incêndios foram registrados na Bahia. Um deles, no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, uma das áreas que mais atrai turistas no interior, consumiu pelo menos 500 hectares no mês de janeiro. Em março, foi a Serra da Fumaça, na região norte do estado, devastou uma área ainda não dimensionada pelo Corpo de Bombeiros da região.
O últimos dos incêndios, também em março, na Serra de Nossa Senhora Sant’anna, em Carrapichel, distrito de Senhor do Bonfim, consumiu uma área maior que 100 campos de fiutebol, ou 1.100 hectares, segundo a Secretaria do Meio Ambiente do município. Senhor do Bonfim também enfrenta um racionamento de água. O fogo na região só foi contido com o auxílio de aviões-tanque.
Investimentos
Um levantamendo da Defesa Civil do estado aponta que, no período de seca compreendido entre 2012-2013, foram investidos mais de R$ 3 bilhões em medidas de combate à situação na Bahia, considerada a pior dos últimos 60 anos.
Um levantamendo da Defesa Civil do estado aponta que, no período de seca compreendido entre 2012-2013, foram investidos mais de R$ 3 bilhões em medidas de combate à situação na Bahia, considerada a pior dos últimos 60 anos.
Já com relação à seca em todo o Nordeste, no dia 2 de abril, em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff prometeu que o governo federal irá investir mais de R$ 2 bilhões para enviar aos 1415 municípios nordestinos atingidos pela seca uma máquina retroescavadeira, uma motoniveladora, um caminhão pipa, um caminhão caçamba e uma pá carregadeira. Além disso, segundo a presidente, serão construídas este ano cerca de 240 mil cisternas para consumo humano no nordeste, além de 67 mil cisternas de produção.
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As informações são do G1/BA (Foto: Bento Ribeiro/ São Timóteo em Foco)
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