Se a partida entre Espanha e Uruguai fosse nesta semana, os acessos que levam à Arena Pernambuco seriam reprovados pelo torcedor. Seja de metrô, carro ou ônibus, nenhum torcedor conseguiu entrar no estádio com menos de uma hora depois de sair de casa no primeiro evento-teste do novo estádio, na noite de quarta. A esperança é que nos 24 dias que separam a partida inaugural, entre Náutico e Sporting Lisboa, e o início da Copa das Confederações no Recife sejam o bastante para que o governo de Pernambuco melhore o transporte até as partidas. Os problemas já eram previstos pelos torcedores. Para a primeira partida, o governo orientou a população a usar o sistema público de transporte - e todos os caminhos levavam ao metrô, que acabou ficando superlotado. O horário do jogo (20 horas) não ajudou e os torcedores acabaram se misturando ao grande fluxo de pessoas que voltavam do trabalho. O resultado: vagões superlotados e usuários insatisfeitos (não só com o aperto mas também com o sistema de refrigeração dos trens, que não funcionou).
O trajeto entre a estação Central, que fica no centro do Recife, e a estação Cosme e Damião, que dá acesso à Arena Pernambuco, demorou cerca de 40 minutos depois das 19 horas. Porém, ele não terminava na estação que foi construída para atender ao novo estádio. Depois de percorrer nada menos que catorze estações, o torcedor ainda teve de pegar um ônibus, oferecido gratuitamente, para chegar ao palco da partida. Os menos de 15 minutos de trajeto seriam menos cansativos se não fosse pela lotação dos veículos e por mais dez minutos de caminhada até chegar aos portões da Arena. Quem tentou arriscar e optou pelo carro para ir à partida também sofreu. Como estava proibido o acesso de carros ao estádio, a única opção era deixar o veículo no único local autorizado. Porém, não era de graça. O torcedor tinha que pagar 40 reais de forma antecipada e ainda pegar um ônibus até o local do jogo.
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