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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Migração do AM para FM deve começar no 2º semestre deste ano

Migração do AM para FM deve começar no 2º semestre deste ano
Foto: Reprodução
A presidente Dilma Rousseff  aprovou a migração de cerca de duas mil rádios AMs para a faixa estendida do FM (76 a 87 MHz), que será disponibilizada com a digitalização da TV aberta.
 
Baseado nessa informação, o presidente da AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo), Rodrigo Neves, disse que a migração deverá ter início ainda no segundo semestre de 2013 nas regiões metropolitanas das grandes cidades, onde o espectro atual do AM está mais carregado.
 
A declaração do presidente da AESP foi dada em entrevista ao programa Marcelo Franchozza, da Rádio Clube AM 1460 de Araras.De acordo com o Rodrigo Neves, o comitê técnico da AESP fez uma medição que mostrou que atualmente, mesmo com os canais 5 e 6 da TV aberta sendo ocupados, a frequência vazia está limpa de interferências. “Em São Paulo está limpo canal 6. Em Campinas, Taubaté ou Santos, o canal 5 está limpo”, afirmou o presidente da AESP.
 
Rodrigo Neves frisou ainda que, de acordo com o Ministério das Comunicações, em apenas duzentos municípios, principalmente nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o espectro do AM está congestionado e as rádios ocuparão a faixa estendida. Neste caso, a migração deverá ser após 2016, até mesmo pelo fato de não ter rádios com a faixa estendida no Brasil. No restante do país, as emissoras AMs poderão migrar para a atual faixa, que vai de 88 a 108 FM. De acordo com Rodrigo Neves, as rádios que ocuparão a faixa atual poderão fazer a migração já a partir do segundo semestre deste ano, desligando o transmissor AM simultaneamente.
 
Segundo Rodrigo Neves, a digitalização do rádio está em segundo plano, já que a prioridade do Ministério das Comunicações é realocar as rádios AMs para o espectro FM, que é livre de ruídos causados pela energia estática e que a AESP não defende nenhum padrão de digitalização. “A AESP não defende nenhum padrão de digitalização. A AESP defende, neste momento, a migração dos canais 5 e 6 e um rádio mais profissional, mais presente, um rádio com mais respeitabilidade. A discussão do digital fica um pouco mais para frente até porque as tecnologias precisam avançar um pouco mais”, ressaltou.
 
Rodrigo Neves afirmou ainda que o projeto para dar início à realocação das emissoras deverá ser confirmado pela presidente Dilma Rousseff por meio de Medida Provisória. “Acredito que o projeto será por Medida Provisória, já que isso é possível. É um consenso nacional essa migração”, finalizou Rodrigo Neves.
 
O Ministério das Comunicações deve definir os critérios da migração dentro de 60 dias. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) pelo ministro Paulo Bernardo. O presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Slavieiro, e o diretor-executivo da Abra (Associação Brasileira de Radiodifusão), Flávio Lara Resende, reconheceram a importância da medida.
 
 
Fonte: Tudo Rádio

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