O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou o pastor Mizael Lourenço a 52 anos e 6 meses em regime fechado de prisão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra duas filhas e duas enteadas. Os crimes teriam acontecido na casa e até mesmo num cômodo da igreja onde Lourenço atuava como pastor, em Catanduva, interior de São Paulo.
Segundo acórdão do TJSP publicado nesta quarta-feira, o pastor teve quatro filhos resultantes dos estupros, dois com uma filha e outros dois com uma enteada. Lourenço chegou a estuprar duas vezes e cometer pelo menos três crimes de atentado violento ao pudor contra uma das filhas (que ele começou a molestar quando ela tinha 6 seis anos), até que uma das enteadas, que ele havia estuprado quando ela tinha 8 anos, decidiu denunciá-lo depois de saber que as duas filhas também tinham sido molestadas.
Na fase do inquérito policial, Lourenço admitiu os crimes e recusou-se a fazer os exames de DNA para comprovar a paternidade, mas foi absolvido depois que as duas filhas se retrataram das denúncias. O Ministério Público (MP) recorreu e agora à 9.ª Câmara de Direito Criminal do TJSP decidiu ignorar a retratação e condená-lo a 52 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O mandado de prisão já foi expedido. O defensor público Santo José Soares, que defendeu o pastor, não foi localizado para comentar a sentença.
Estadão
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