"Eike: o homem que vendia terrenos na lua" narra a fulgurante ascensão de Eike Batista e como suas empresas derreteram, fazendo evaporar uma "riqueza" de mais de R$ 100 bilhões, naquela que foi a maior bolha individual de todos os tempos; o livro, escrito por Leonardo Attuch, já está disponível na Amazon.com e na Livraria 247
19 DE JULHO DE 2013 ÀS 12:48
247 - Se um personagem da mitologia grega pudesse resumir a história de Eike Batista, empresário brasileiro que hoje vive uma queda espetacular, seria Ícaro, filho de Dédalo, que pretendia alcançar o sol, mas viu suas asas derreterem antes de realizar o seu sonho. E se fosse o caso de buscar um paralelo na literatura, o personagem seria Delos David Harriman, protagonista de "O homem que vendeu a lua", uma novela de ficção científica, publicada em 1951.
Eike Batista não vendeu a lua, mas chegou bem perto disso. Com apresentações em power-point, convenceu investidores do Brasil e do mundo de que poderia entregar a eles uma "mini-Vale" (a MMX), a "Roterdã dos trópicos" (a LLX), uma "mini-Petrobras" (a OGX), a "Embraer dos mares" (a OSX) e muitas outras promessas. No fim, quando a maior bolha individual de todos os tempos estourou, nada menos que R$ 100 bilhões evaporaram. E o homem que prometia ser o mais rico do mundo hoje luta para evitar um calote de proporções monumentais.
Essa história de ascensão e queda é o fio condutor do e-book "Eike: o homem que vendia terrenos na lua", lançado pela Editora 247, escrito pelo jornalista Leonardo Attuch e já disponível na Amazon.com (aqui). Ex-editor da revista Istoé Dinheiro, Attuch acompanhou de perto a trajetória de Eike, chegou a entrevistá-lo em algumas ocasiões e sempre manteve um distanciamento crítico em relação ao personagem. "Antes que ele começasse a entregar resultados concretos em suas empresas, seria, no mínimo, precipitado apontar o seu sucesso", diz ele.
No entanto, a bolha de Eike foi inflada, em grande parte, pelos meios de comunicação. No Globo, Ancelmo Gois decidiu batizar o empresário como "Eike Sempre Ele Batista". No Radar Online, de Veja.com, Lauro Jardim antecipava cada "descoberta" de Eike – algumas farão parte do folclore e do anedotário do capitalismo global, como o achado de "meia Bolívia" no Maranhão. A cada "descoberta", naturalmente, novas disparadas nos preços das ações.
Em Veja, Eike chegou até a ganhar uma capa em que era chamado de "Eike Xiaoping", como se fosse um exemplo para todos os brasileiros. Recentemente, passou a ser rotulado como um espertalhão e foi carimbado como "Eike tchau ping".
Na construção da bolha, não apenas jornalistas contribuíram para que o vento engarrafado por Eike alçasse voo. Bancos de investimento deram contribuição decisiva para a fraude, com relatórios que sempre recomendavam a compra de suas ações. E o xerife do mercado acionário brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários, fez vista grossa para os abusos recorrentes na linguagem de Eike Batista, que iludia investidores até por meio de uma conta pessoal no Twitter.
Em artigo publicado nesta sexta-feira 19 no Globo e também no Valor Econômico (leia mais aqui), Eike Batista se diz arrependido por ter lançado ações no mercado de capitais. Arrependidos, no entanto, deveriam estar seus investidores. A eles, Eike disse apenas um "lamento". No mesmo artigo, o empresário também buscou se livrar de qualquer responsabilidade pelo colapso de suas empresas, transmitindo a ideia de que foi enganado.
Nas próximas semanas, essa história terá novos capítulos, com a provável reestruturação de dívidas de suas empresas. Para entender como "Ícaro Batista" subiu tão alto antes que suas asas derretessem, o livro digital já pode ser baixado na Amazon.com. Em breve, estará disponível também no Google Books e na iBookstore, da Apple. Para quem usa o iPad, o iPhone ou smartphones que rodam com o sistema operacional Android ou Windows 8, basta baixar o aplicativo Kindle, da Amazon, que permite a leitura do e-book.
Com um catálogo de 22 livros, a Editora 247 agora investe também em livros-reportagem sobre temas da atualidade. Conheça aqui o acervo e boa leitura!
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