Segundo denúncias de moradores de Pão de Açúcar, no sertão alagoano, um plano, que pode ser considerado audacioso, vem sendo “anunciado” aos quatro cantos do município pelo foragido da Justiça Claudevan Gomes Correia, condenado a 23 anos de prisão por latrocínio, ocorrido em 2003. Conforme informações obtidas pelo CadaMinuto, ele teria uma “lista” de pessoas para executar, composta por dois policiais militares, um juiz e um secretário municipal.
Os nomes dos policiais militares não foram divulgados, mas as outras possíveis vítimas seriam o juiz Durval Mendonça Júnior e o secretário Cacau Correia. A reportagem teve acesso à informação após denúncias feitas por populares, que também se sentem ameaçados por Claudevan que, embora foragido, é visto frequentemente pelas ruas da cidade e tem o “hábito” de intimidar as pessoas com ameaças de morte, caso seja denunciado. “Ele anda armado com um revólver 38 e uma espingarda 12”, informou um dos denunciantes.
O crime cometido por Claudevan chamou atenção de toda a região do Sertão na época, devido à crueldade. O funcionário público Múcio Sampaio Mendonça, foi morto a pauladas e o corpo encontrado dias depois, em estado de decomposição, na fazenda da vítima.
Por telefone, o magistrado informou ao CadaMinuto não ter conhecimento sobre as ameaças, mas relatou que elas podem ter relação com o pedido de empenho para a captura do acusado. Durval explicou que respondeu pela comarca de Pão de Açúcar durante 90 dias, durante o afastamento do juiz titular Galdino José Amorim Vasconcelos.
“Na época que estive lá cobrei das autoridades um maior empenho na captura desse rapaz por ter informações que ele frequentava a cidade muitas vezes. Inclusive disse que era um desrespeito um condenado da Justiça circular livremente e não ser preso. A única relação que pode levar a essa denúncia é isso”, ressaltou o juiz, acrescentando que irá apurar as informações.
A Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) também afirmou que irá investigar o fato e saber se realmente as ameaças contra o juiz têm fundamento. “Estamos à disposição para qualquer providência que ele decida nesse momento”, ressaltou a entidade por meio de sua assessoria de comunicação.
As fugas e o crime
Pela morte do funcionário Múcio Sampaio Mendonça, Claudevan foi preso duas vezes, e em uma delas, conseguiu fugir quando estava sendo transferido para o presídio Baldomero Cavalcante, em Maceió.
As investigações apontaram que a vítima teria sacado R$ 10 mil reais e guardava a quantia em casa. O acusado seria amigo íntimo de Múcio e por isso teria acesso fácil à residência.
Em 2003, Claudevan Gomes foi preso, mas conseguiu fugir do Presídio de Arapiraca. Em 2010, ele foi julgado a revelia e está foragido até esta data.
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