Alves ressarciu o cofre público após utilizá-lo para bancar diversão de parentes
Uma semana depois de comandar perante às câmeras algumas sessões tidas como "moralizadoras" na Câmara dos Deputados durante os protestos que sacudiram o país, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), determinou a sua assessoria, no início da tarde desta quarta-feira (3), efetuar o reembolso à União de R$ 9,7 mil por ter levado em uma avião da Força Aérea Brasileira (FAB) sete familiares para assistir ao jogo da seleção brasileira contra a Espanha no estádio do Maracanã, no último fim de semana. Cada passagem custará R$ 1.385. O peemedebista levou em conta valores de passagens no horário do voo entre o Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. A decisão de ressarcir os cofres públicos foi tomada após reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelar a "farra", que teve como convidados um de seus filhos, sua noiva – Laurita Arruda –, dois filhos e um irmão dela, o publicitário Arturo Arruda e a mulher, Larissa. Um amigo de Arturo entrou no voo de volta. Conforme decreto 4244/2002, que disciplina o uso de aviões da FAB por autoridades, diz que os jatos podem ser requisitados quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente". O decreto não diz quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades. Questionado se a medida não provoca mais desgastes à Casa diante dos protestos no país, Alves não respondeu ao questionamento feito pela reportagem do diário paulista.
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