Estudantes do curso de Engenharia de Redes da UnB fazem recepção com cartaz que faz referência a estupro de calouros (Foto: Facebook)
A Universidade de Brasília já identificou e convocou para explicações os dois estudantes acusados de fazer apologia ao estupro num cartaz mostrado nas redes sociais, durante o acolhimento organizado por colegas aos calouros do curso de Engenharia de Redes. O caso está sendo apurado pela diretoria de Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários e poderá até resultar na expulsão dos envolvidos, segundo a professora Sonia Carvalho, responsável por aquela diretoria.
A diretora informou hoje (26) que um dos estudantes é menor de idade e aluno do primeiro período, enquanto o outro está no segundo período do curso. “Hoje, juntamente com o coordenador do curso, vamos ouvir os dois alunos e, a partir daí, decidir a medida a ser tomada, que poderá ir de advertência até a expulsão”, disse a professora.
Sonia Carvalho acrescentou que a repercussão do caso não ficou restrita à universidade, “foi nacional e houve uma reprovação geral a esse tipo de atitude, inoportuna e inadequada”. O cartaz mostrado pelos dois estudantes continha a frase “Caiu nas redes é… estupro”.
A diretoria de Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários é responsável por ações voltadas para assegurar o respeito ao convívio acadêmico na Universidade, em relação às questões de gênero, raça, etnia e diversidade sexual. De acordo com a professora Sônia Carvalho, para isso, devem ser respeitadas regras e normas de convivência comunitária que a Universidade estabelece para preservar a harmonia no
campus
, o que a atitude dos dois estudantes teria infringido.
Segundo a professora, o caso chegou ao seu conhecimento por meio de uma notificação da Secretaria de Comunicação da UnB sobre a imagem dos dois estudantes segurando o cartaz, postada nas redes sociais. A diretoria de Diversidade ouviu então o Centro Acadêmico do curso de Engenharia de Rede, “para entender em que contexto o documento foi parar nas redes sociais”.
O Centro Acadêmico explicou que não se tratava de um trote – diz Sônia – “mas de uma atividade de acolhida que os estudantes do 2º período fizeram aos alunos do 1º período. É de praxe. Mas durante a confraternização dos alunos do 2º período com os calouros aconteceu esse episódio”. Entre as regras de convivência da Universidade existe uma resolução proibindo trotes que coloquem novos alunos em situações degradantes.
Agência Brasil
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