Alvo das manifestações populares em todo o Brasil, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados , pastor Marco Feliciano (PSC-SP), diz que os protestos contra o seu nome não representam a vontade do povo brasileiro, mas apenas de uma minoria. Defensor da chamada “cura gay”, Feliciano diz que não se arrepender da iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de aprovar o projeto que permite que psicólogos ofereçam tratamento para a orientação sexual.
Feliciano comentou o fato de ter se tornado alvo de críticas nas redes sociais e até mesmo de piadas sobre sua orientação sexual. Afirmou que, se fosse levar em conta a reação que o caso provocou na internet, poderia dizer que ele próprio se tornou alvo de “homofobia”. “Imagina se eu fosse gay e todo mundo falando essas coisas de mim, isso não é perseguição? Isso não é homofobia? Não é do que eles me acusam? Então como alguém quer respeito e não respeita as pessoas? Então, todo mundo vê que isso é uma ‘festa’. Para mim tá tudo tranquilo, tá tudo em paz”, disse Feliciano. “Se é tão bonito ser (gay) porque eles me atacam com isso?”
iG – Ultimamente, várias manifestações pelo país pediram novamente a sua saída da Comissão de Direitos Humanos. O senhor tem medo de que o Congresso tenha uma postura com o senhor, como foi com a PEC 37, que caiu pela forte pressão popular?
Marco Feliciano – Eu não vejo dessa forma. O Congresso se mobilizou agora porque houve uma pressão do país inteiro. E essa questão comigo é bem pontual. É um grupo. Se for isso, imagina? Dia 5 houve 70 mil pessoas aqui gritando para que eu ficasse e aí como é que fica? Acho que ninguém quer uma guerra santa.
iG – O senhor está se referindo basicamente ao evento conclamado pelo pastor Silas Malafaia…
Feliciano – Sim, falando sobre o movimento evangélico. Aliás, nós fomos os primeiros a protestar contra a PEC 37. Naquele dia nós falamos sobre a PEC 37, sobre a corrupção, para que a imprensa não fosse cerceada do seu direito de informar. E a primeira manifestação foi nossa, com 70 mil pessoas. Não teve imprensa porque a manifestação foi ordeira. Não houve quebra-quebra porque é tudo gente educada. Ali era uma mostra do que nós somos. Somos 50 milhões. Então, vamos deixar quietinho né? A inteligência do povo não é dúbia. O povo não quer ser usado como passa de manobra.
iG – Mas mesmo com esses protestos, o senhor acha que está sendo perseguido por uma minoria, como o senhor mesmo já falou em outras ocasiões?
Feliciano – Com certeza é uma minoria. É o pessoal do movimento gay.
iG – Na internet, após a aprovação do projeto da ‘cura gay’, o senhor foi alvo de várias charges e insinuações acerca de sua sexualidade. Como o senhor responde a esse tipo de insinuação ou crítica?
Feliciano – Eu nem respondo porque deixo as pessoas inteligentes responderem. Isso não é homofobia? Se é tão bonito ser (gay) porque eles me atacam com isso? Então, eu deixo os intelectuais responderem por si só.
iG – De certa forma, dá pra dizer que o senhor, em algum grau, sofreu com a homofobia?
Feliciano – E não é? Se eu fosse, se eu fosse… Imagina se eu fosse gay e todo mundo falando essas coisas de mim, isso não é perseguição? Isso não é homofobia? Não é do que eles me acusam? Então como alguém quer respeito e não respeita as pessoas? Então, todo mundo vê que isso é uma ‘festa’. Para mim tá tudo tranquilo, tá tudo em paz.
iG
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