O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino, disse, na quarta-feira (29), que as possíveis fragilidades no sistema elétrico que tenham causado o apagão na região Nordeste serão apuradas e os agentes responsáveis por falhas receberão sanções. Rufino esteve na Câmara dos Deputados, em Brasília, para reunião fechada com o presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Segundo o parlamentar, durante a reunião, o diretor da Aneel garantiu que os consumidores que tiveram prejuízos decorrentes da falta de energia serão indenizados.
Perguntado sobre se o fato de o incidente ter sido causado por um incêndio poderia isentar a culpa das operadoras, Rufino não quis adiantar uma avaliação. "O incêndio pode ter várias origens. Isso será objeto de uma apuração mais detalhada", afirmou.
"Aconteceu uma falha. Agora, se a falha revela alguma fragilidade, alguma falha de operação, algum defeito de processo de restabelecimento da energia, isso será objeto dessa verificação que será feita", disse.
Causas
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tem reunião extraordinária nesta quinta-feira pela manhã, no Ministério de Minas e Energia, para discutir sobre as causas do apagão. O Comitê é presidido pelo ministro Edison Lobão. Também devem participar da reunião o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim.
O ONS atribuiu o apagão à queimada feita em uma fazenda no Estado do Piauí , que teria provocado danos na rede de transmissão e interrompendo a energia por cerca de duas horas e meia, em média, nos nove Estados da região. O apagão de ontem foi o primeiro de grandes proporções no País em 2013. Porém, entre setembro e dezembro de 2012, uma série de blecautes deixou Estados inteiros sem energia.
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