O Dia Internacional da Cerveja é uma celebração que ocorre em mais de 50 países, sempre na primeira sexta-feira do mês de agosto - inverno no Brasil, mas pleno verão nos Estados Unidos, país onde a data foi criada. Em meados de 2007, quatro amigos californianos se perguntavam a razão de não haver uma data comemorativa para a cerveja - e que fosse tão popular quanto o dia de St. Patrick, comemoração irlandesa regada a cerveja Guiness.
"O primeiro Dia Internacional da Cerveja foi apenas celebrado por um grupo de amigos num bar. Mas, em 2008, nós, literalmente, entramos em todos os bares da cidade e pedimos para que as pessoas começassem a celebrar. Desde então, criamos diversas ferramentas para tornar esse dia uma data comemorativa", afirma Evan Hamilton, natural de Santa Cruz, na Califórnia, e um dos idealizadores da festa.
Cinco anos depois, a festa está longe de alcançar a popularidade do dia de St. Patrick, mas já angaria milhares de adeptos e ganha a simpatia dos grandes fabricantes da bebida. "A celebração é essencial para que a sociedade se anime para os desafios futuros. A gente precisa celebrar as coisas boas no Brasil. E a cerveja é uma delas", afirma Paulo Petroni, diretor-executivo da CervBrasil, a associação que representa as quatro maiores fabricantes de cerveja do país. "A festa é válida, desde que seja feita com consciência e responsabilidade", diz o executivo.
Ressaca em 2013 - Bebida mais consumida no Brasil, a cerveja não passa por um de seus melhores anos. A produção recuou 1,8% no primeiro semestre, segundo dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal. O setor, que costumava crescer de 5% a 6% ao ano, recuou pela primeira vez desde 2010, ano em que o Sicobe foi criado. "A desaceleração do crescimento da renda a própria migração de classe tem efeito na queda de consumo e produção. Também há o fator inflacionário e o comportamento do próprio consumidor. Toda essa questão da insegurança também se reflete no consumo fora de casa", afirma Petroni, da CervBrasil.
Até mesmo a Ambev, maior fabricante de cervejas do Brasil (é dona de marcas como Skol, Brahma, Antárctica, Stella Artois e Budweiser), e subsidiária da maior empresa do setor no mundo, tem passado por percalços devido à desaceleração econômica. Nos resultados trimestrais divulgados no início da semana, a empresa fundada pelo bilionário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, viu suas vendas e seu lucro encolherem no Brasil, na comparação anual.
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