por GILTON LOBO, Notícias Aju
O “perepepê” é um tanto “sinistro”. Desde a semana passada que o ex-secretário Jorge Alberto, que estava como secretário afastado , reclama de sua exoneração definitiva da chefia da Casa Civil e atribui os louros a Jackson Barreto. O governador em exercício, por sua vez, interpreta a balbúrdia de Jorge como estranha, afirmando que, na verdade, quem exoneroufoi Marcelo Déda e ainda expõe que, na época em que a Casa Civil foi oferecida a Silvio Santos, ele mesmo interferiu, juntamente com Déda para que Jorge ficasse na condição de afastado e pudesse incorporar vantagens salariais à sua aposentadoria como servidor estadual.
Os santos protetores de Déda devem logo trazer ele de volta, pois, entre outras beneficies desejadas para o governador afastado, queremos saber deleas confirmações dos ditos de seus auxiliares governamentais. Por enquanto, pelo que diz o próprio Jackson, ele sai de protetor de Jorge e Déda de o carrasco da exoneração. Acontece, como afirmam, que tudo foi com a anuência de Déda, que assumiu com Jorge o compromisso de que o médico ex-secretário não seria prejudicado. E não foi, isto é fato.
Assegurando vantagem de aposentadoria? Sinistro
Todavia, o que acho ser realmente “sinistro” é a declaração de Jackson, segundo publicação na coluna política do Jornal do Dia, quando afirma: “Ficou como ‘ secretário afastado’ nesse período porque eu interferi junto a Déda para que ele pudesse incorporar à sua aposentadoria como servidor estadual, completada em abril, as vantagens salariais de um secretário”.
Ora... ora...! Por que esse benefício de “pré-aposentadoria” não é estendido aos diversos outros funcionários públicos estaduais. Imaginem que maravilha: antes de se aposentar o servidor público fica afastado, sem trabalhar na função, contabilizando o salário e vantagens de um alto cargo de chefia, para depois perceber, vitaliciamente, condições avantajadas. Tudo isso com o dinheiro público. É bom demais. A piada que corre nos corredores da polítca é a de que Jorge é um médico que vai se aposentar com um salário de juiz. Dizem que os proventos de sua aposentadoria chegam a R$ 16 mil, considerando as incorporações do seu cargo de médico.
Acho que, diante de tantos arranjos escabrosos na administração pública desse nosso Brasil, uma coisinha dessas (manter alguém na função como afastado para melhorar as vantagens salariais da aposentadoria) se torna uma manobra relativamente insignificante e que pode ser dita por aí, inclusive para a imprensa, como uma ação normal e de boa fé. Compreendemos o ato generoso dos governistas, mas não entendemos o porquê da benéficie dos corações de manteiga não se estender para todos os demais sofridos servidores. Quem não gostaria?
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Fotos: Ascom / Governo de Sergipe
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