A Justiça boliviana decidiu libertar os cinco torcedores corintianos que permanecem presos na Bolívia desde fevereiro deste ano. Os torcedores devem retornar ao Brasil neste final de semana, acompanhados pelo Defensor Público Federal João Chaves.
O grupo foi liberado após ajuda do Ministério da Justiça e da Embaixada do Brasil na Bolívia na defesa dos réus, que foram detidos após a morte do jovem Kevin, na partida entre Corinthians e San José, pela Libertadores. O garoto de 14 anos morreu ao ser atingido no rosto por um sinalizador disparado da arquibancada ocupada pelos torcedores do Corinthians.
Na semana passada, o Ministério Público havia emitido parecer pela libertação dos presos, concluindo que não havia provas contra os brasileiros. E, nesta sexta-feira, foram rejeitados os recursos do San José e da família de Kevin.
"A felicidade da conquista de um título. Desta forma, o Sport Club Corinthians Paulista recebeu, nesta sexta-feira (02), a confirmação da liberação dos últimos cinco cidadãos brasileiros – e torcedores corinthianos –, que estavam presos na cidade de Oruro, na Bolívia, desde 20 de fevereiro", disse o clube, por meio de nota oficial (leia a íntegra abaixo).
Sete dos doze corintianos que foram presos após a morte de Kevin já haviam sido liberados no início de junho, após a Justiça boliviana concluir que eles não estavam envolvidos no incidente.
Os torcedores que chegam ao Brasil neste final de semana são: Reginaldo Coelho, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefreire e Cleuter Barreto Barros.
Leia a íntegra da nota oficial do Corinthians:
A felicidade da conquista de um título. Desta forma, o Sport Club Corinthians Paulista recebeu, nesta sexta-feira (02), a confirmação da liberação dos últimos cinco cidadãos brasileiros – e torcedores corinthianos –, que estavam presos na cidade de Oruro, na Bolívia, desde 20 de fevereiro.
A libertação dos presos coroa a parceria entre o Corinthians e o Ministério da Justiça, que trabalharam de forma coordenada e conjunta para que a liberdade pudesse ser concedida o quanto antes.
Desde o dia da prisão até hoje, a direção do Corinthians, na pessoa do presidente Mário Gobbi, trabalhou diariamente para que a liberdade fosse concedida o mais breve possível e respeitando a diplomacia Brasil-Bolívia e com respeito às leis locais.
Ao longo dos mais de cinco meses, o presidente e o secretário geral Ronaldo Ximenes viajaram a Brasília-DF para realizar reuniões com José Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça, e Antônio de Aguiar Patriota, Ministro das Relações Exteriores; receberam os familiares dos brasileiros detidos no Parque São Jorge; mantiveram contatos diários com os dois ministérios citados. Durante o período, o Sport Club Corinthians Paulista também teve o apoio do eterno presidente Andrés Sanchez para reforçar a sua atuação.
Cumpre esclarecer que a doação do Corinthians à família do jovem Kevin Espada no valor de US$ 50 mil, aprovada em diretoria, não possui qualquer vínculo com a libertação dos reclusos. Tratou-se apenas de uma ajuda humanitária para a família, sem participação de representantes da justiça boliviana.
Uol
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