Grupo de aprovados no concurso para agentes penitenciários da Paraíba que não foram nomeados protestam. Cerca de 40 pessoas vestiram camisas pretas, narizes de palhaço, apitos e faixas para reivindicar a nomeação por parte do governo do EstadoFoto: Felipe Silveira / Especial para Terra
Um pequeno grupo de manifestantes autointitulado Black Bloc PB agrediu uma equipe de televisão que realizava uma entrada ao vivo no programa Caso de Polícia, da TV Tambaú, afiliada do SBT na Paraíba. A agressão ocorreu na tarde deste sábado durante o desfile cívico de 7 de setembro, na avenida Duarte da Silveira, centro de João Pessoa.
De acordo com a repórter Ludmila Costa, aproximadamente 15 jovens e crianças – que estavam com os rostos cobertos com máscaras – se aproximaram da equipe e tentaram impedir a filmagem. “Estávamos ao vivo e eles chegaram já colocando a mão na frente da câmera e gritando para parar de filmar. Fiquei com muito medo de ser agredida fisicamente porque eles estavam muito alterados”, relatou.
Além de Ludmila, ainda formavam a equipe o cinegrafista Ewerton Monteiro e o assistente Lindomar Alves. “A câmera só não foi danificada porque conseguimos segurá-la. Eles foram embora e fiquei tremendo de medo. Tinha até uma criança de aproximadamente 8 anos de idade com o rosto mascarado e estirando o dedo para nós”, disse.
A jornalista contesta a forma como esse grupo agiu no Dia da Independência. “Manifestação do Brasil virou desculpa para os baderneiros entrarem em ação. Eu não acredito que isso seja manifestação. Isso se chama agressão”, afirmou.
Quem também aproveitou a data para realizar um protesto foi um grupo de aprovados no concurso para agentes penitenciários da Paraíba que não foi nomeado. Cerca de 40 pessoas vestiram camisas pretas, narizes de palhaço, apitos e faixas para reivindicar a nomeação por parte do governo do Estado.
Por volta do meio-dia, os manifestantes ainda chegaram a atrapalhar o desfile por cerca de 20 minutos, mas foram contidos por policiais militares. “Concluímos o
curso de formação, mas não fomos nomeados. Nós temos uma decisão judicial a nosso favor e, mesmo assim, o governador Ricardo Coutinho não cumpre”, explicou um dos organizadores do protesto, Nélio Vieira Filho.
curso de formação, mas não fomos nomeados. Nós temos uma decisão judicial a nosso favor e, mesmo assim, o governador Ricardo Coutinho não cumpre”, explicou um dos organizadores do protesto, Nélio Vieira Filho.
Segundo o comandante do 1° Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Adielson Pinheiro de Araújo, cerca de 10 mil pessoas acompanharam o evento. Participaram 40 organizações civis e militares, escolas públicas e órgãos estaduais. Ao todo, 250 policiais militares garantiram a segurança no local.
“Tinha no máximo 100 manifestantes em todo percurso do desfile. Tivemos uma interrupção momentânea, mas que foi rapidamente controlada. Conversamos com eles e, juntos, decidimos que poderiam utilizar a rua para fazer o protesto no final do desfile”, disse.
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