R$ 40 MILHÕES: Jornalista denuncia 'rombo' no Banese

por NE NOTÍCIAS

Em sua coluna, o jornalista Habacuque Villacorte denuncia um "rombo" no Banese de mais de R$ 40 milhões e ainda lembra o caso Banese-Transhurh-FHS.

Eis as notas do jornalista:

Bomba!

O Banco do Estado de Sergipe não aceitou apresentar uma contraproposta de R$ 40 milhões à Prefeitura de Aracaju no sentido de garantir a folha de pessoal da PMA. A diretoria do Banese alega que não tem condições de dar o lance e participar da licitação. Agora quem lembra de Rodrigo Corumba, um ex-diretor administrativo que passou por lá? O rapaz era responsável pelos contratos que o Banco fazia, por exemplo, como a contratação de empresas terceirizadas e de reformas de agências.

Alô Banese I

O que muita gente em Sergipe não sabe é que esse ex-diretor colocou um cunhado para prestar serviço ao banco, mais precisamente na área de informática. Ao que se sabe, gastaram mais de R$ 50 milhões para informatizar o banco. Hoje em seu lugar, uma diretora de prenome Avilete , indicação de um deputado estadual, mandou fazer uma auditoria no banco e descobriu que o serviço poderia ser feito tranquilamente por R$ 5 milhões. Ficou um rombo de R$ 40 milhões a R$ 45 milhões. Exatamente o necessário para manter as contas da PMA. O ex-diretor? Ele está morando em São Paulo...

Alô Banese II

Todo mundo sabe que uma empresa firma contrato com o Estado, presta o serviço e, depois, recebe o dinheiro. O detalhe é que nem sempre a secretaria tem o valor disponível para pagar a empresa que já investiu em material, mão de obra e impostos. Sabe-se que essa empresa tem 90 para receber. Aí o Banese vai, antecipa o valor e desconta os juros de três meses. Foi mais ou menos o que aconteceu com a Transur na Saúde do Estado, lembram? Só um detalhe: no contrato de R$ 12 milhões (R$ 1 milhão por mês), estranhamente a empresa recebeu antes mesmo de prestar o serviço. Foram repassados R$ 8 milhões. Para não cair na fiscalização do Banco Central, botaram esse montando na conta de prejuízos do Banese. Agora, como perguntar não ofende, se o Banese pode absorver esses prejuízos, por que não atender aos anseios da PMA, que são lícitos?

Veja o esclarecimento da Diretoria Executiva do Banese:

Prezado Habacuque,

A Diretoria Executiva do Banese repudia as informações contidas nas notas divulgadas nesta quarta-feira, 18, em sua coluna "Politizando", sob os títulos: "Bomba!", "Alô Banese I" e "Alô Banese II". A Diretora Administrativa do Banco, Maria Avilete Ramalho, funcionária de carreira, informa que não houve nenhuma auditoria por ela solicitada e que nas auditorias de rotina não se verificou qualquer irregularidade nos contratos de informática ou de serviços de qualquer natureza, tendo em vista que estes obedecem rigorosamente os requisitos da legislação vigente, estando inclusive sujeitos à fiscalização dos órgãos de controle externo. Sendo assim, a Diretoria do Banese reitera o repúdio à divulgação dessas notas caluniosas, requerendo que sejam formalmente desmentidas pelo colunista.
Atenciosamente,

Diretoria Executiva Banese