“É o novo cangaço. Os criminosos atacam as forças de segurança, sitiam a cidade e cometem os crimes que desejam”, afirma o delegado da Polícia Civil Lindomar Bezerra, em referência ao confronto ocorrido nesta segunda-feira (13), entre uma quadrilha e a polícia em Campo Novo de Rondônia, o que deixou oito suspeitos mortos e dois policiais militares feridos. Pelo menos um criminoso conseguiu fugir. De acordo com Lindomar, o bando invadiu o quartel da Polícia Militar em Campo Novo de Rondônia, quando havia somente dois policiais de plantão, e os fizeram de reféns. Armas e viaturas da polícia foram levados. “O estado do Mato Grosso é o celeiro desse povo, desta forma de agir aqui na nossa região. Tem muitos rondonienses que foram recrutados por esse bando que disseminaram essa forma de crime”, conta o delegado, ressaltando que a quadrilha estava fortemente armada e ainda conseguiu se apoderar de dois fuzis, carabinas e outras armas no quartel da polícia.
Depois de invadir o quartel da PM, fazerem policiais reféns e roubarem armas, coletes e até fardas militares, os criminosos começaram a arrombar e assaltar vários comércios, além de uma agência do Correios da cidade. A secretária Fabiana Inácio, que estava trabalhando no momento da ação do bando, conta que a cidade ficou assustada. “Parecia coisa de filmes; coisa de faroeste. No entanto, a princípio a gente achava que eram policiais, pois estavam com roupas camufladas. Depois começaram a quebrar os comércios para assaltar”, relata.
Os criminosos foram interceptados na BR-421 onde houve o confronto. Durante a troca de tiros em uma propriedade rural, um suspeito fugiu pela mata, e oito foram mortos.
“Todo o armamento da polícia roubado foi recuperado e também as coisas roubadas do estabelecimentos comerciais da cidade”, explica o coronel da PM José Carlos Gomes da Silva. Segundo ele, o confronto que houve foi provocado pelo próprio bando que tentava fugir com os objetos roubados. No entanto, o coronel alega que a ação da polícia foi precisa e destaca que nenhum morador da cidade ficou ferido.
Agência do Correios de Campo Novo de Rondônia
foi alvo dos bandidos (Foto: Eliete Marques/G1)
Agência do Correios de Campo Novo de Rondônia
foi alvo dos bandidos (Foto: Eliete Marques/G1)
Lindomar ressalta que a estrutura organizacional do grupo assemelha-se a forma de agir do cangaço da época de Lampião, pois eles escolhem cidades com pouca estrutura policial, como o caso de Campo Novo de Rondônia, rendem os policias, sitiando a cidade. Segundo ele, essa é uma forma de financiamento de facção criminosa que age dentro de fora dos presídios. “Esse formato de novo cangaço está no Brasil inteiro. Esse grupo que atuou hoje, ainda não podemos concluir se está ou não ligado a essa facção”, afirma o delegado.
A Companhia de Operações Especiais (COE) e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) estão no local fazendo buscas pelo criminoso que fugiu. As investigações até o momento, diz Lindomar, apontam o bando com apenas nove criminoso. Mas a participação de mais pessoas não está descartada.
Mortos e feridos
No quartel da PM, um policial foi ferido na região do abdômem e foi levado de helicóptero para o Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho. Segundo a PM, eles está fora de perigo. O outro policial foi ferido durante o confronto da BR-421, mas o ferimento foi superficial e também está fora de perigo.
No quartel da PM, um policial foi ferido na região do abdômem e foi levado de helicóptero para o Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho. Segundo a PM, eles está fora de perigo. O outro policial foi ferido durante o confronto da BR-421, mas o ferimento foi superficial e também está fora de perigo.
Os criminosos mortos durante o confronto foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) para identificação através de digitais. Destes, três já foram identificados pela polícia. São eles, André Ferreira da Silva, Wilson Teles Damasceno e Valdinei Passos da Silva.
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