Os criminosos que invadiram o prédio em que funciona o escritório do banco HSBC disseram aos vigias que foram feitos reféns para ficarem “despreocupados”, que não fariam mal a ninguém, pois eles “também eram pais de família”.
O roubo ocorreu na madrugada deste domingo (12) na Avenida Doutor Chucri Zaidan, na Vila Cordeiro, na Zona Sul de São Paulo. O valor levado não havia sido divulgado até esta segunda-feira (13). “A gente sabe que vocês são trabalhadores, são pais de família. Nós também somos pais de família e só queremos o dinheiro do banco”, disseram os criminosos aos funcionários, segundo um relato de um vigilante do banco, de 44 anos, que preferiu não se identificar por questão de segurança.
Pelo menos 15 homens fortemente armados invadiram o prédio do banco HSBC na madrugada deste domingo (12). Os criminosos passaram toda a madrugada no local.
De acordo com o funcionário, os reféns não foram agredidos e nem ameaçados durante as cerca de quatro horas que ficaram amarrados sob a mira de armas. “A gente foi surpreendido. Ninguém esperava, os portões [do condomínio] já estavam todos fechados”, conta ele, que estava na área externa do prédio.
Entre os funcionários rendidos estavam seis seguranças, um bombeiro civil e um auxiliar de manutenção. Assim que foram dominados, os funcionários tiveram os pés e mãos amarrados por fitas e ficaram sentados no chão no hall próximo ao elevador, no térreo do edifício. Segundo a vítima, todos os reféns permaneceram de cabeça baixa e faziam o que era ordenado pela quadrilha.
Outro vigilante, de 49 anos, contou que, inicialmente, quando foi abordado, pensou que se tratava de uma brincadeira, pois nunca tinha passado por essa situação durante mais de dez anos trabalhando na área de segurança. Ele relata o que passou pela sua cabeça nos momentos em que ficou preso. “Eu só pensava em Deus, que queria sair vivo de lá”, confessa. “A vida da gente vale muito mais do que aquele prédio. Eu esperava que não fosse sair vivo”, completou.
Para os funcionários, tratava-se de uma quadrilha especializa em roubo a bancos, pois os homens chegaram em um grande número, estavam bem armados e eram organizados.
A polícia irá investir se o assalto contou com a participação de algum funcionário do banco. As imagens de segurança do edifício irão ajudar na identificação dos criminosos.
O caso foi registrado no 27º Distrito Policial, no Campo Belo, e será investigado pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais)
Caso
O grupo armado com metralhadoras chegou por volta da 1h40, dominou os funcionários do banco e entrou no prédio pela portaria B. Dois homens da quadrilha estavam encapuzados, os demais usavam boné para tentar esconder o rosto, segundo a Polícia Militar.
O grupo armado com metralhadoras chegou por volta da 1h40, dominou os funcionários do banco e entrou no prédio pela portaria B. Dois homens da quadrilha estavam encapuzados, os demais usavam boné para tentar esconder o rosto, segundo a Polícia Militar.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha localizou um pequeno cofre no 11º andar do prédio, que foi arrombado e teve documentos e objetos subtraídos.
Em seguida, arrombaram um caixa eletrônico com o auxílio de ferramentas e maçaricos no 1º andar e levaram o dinheiro. Foram abandonadas cédulas que totalizam R$ 990 danificadas. No mesmo andar, uma porta de aço com concreto foi aberta e teve o dinheiro que guardava roubado.
A quadrilha fugiu por volta das 5h40 levando o dinheiro, além de coletes e armas dos seguranças. No local, foram encontradas as ferramentas usadas durante o arrombamento. Os criminosos abandonaram um carro preto usado durante o crime.
G1
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