A própria mãe de Douglas Idael Pereira Ramos, suspeito de ter matado um jovem em plena luz do dia na Baixada Fluminense, afirmou, em depoimento à 54ª DP (Belford Roxo), que o filho é um “justiceiro” da região.
A mulher também reconheceu Douglas como o homem que aparece no vídeo, divulgado na quinta-feira, disparando três vezes contra a vítima, Igor de Oliveira Falcão.
Na noite dessa quinta-feira, Douglas teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. A decisão foi dada no plantão judicial. Um mês antes da execução, que aconteceu em 23 de janeiro deste ano, Douglas foi condenado por porte de arma. O acusado está foragido.
Apesar de condenado, Douglas não foi para a cadeia. De acordo com a sentença da juíza Renata Travassos de Macedo, da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, no dia 17 de dezembro, a pena de dois anos de reclusão foi substituída pelas penas de “prestação de serviços à comunidade” e “prestação pecuniária, consistente no pagamento de um salário mínimo à entidade pública ou privada com destinação social a ser indicada no momento da execução”.
Vítima da execução, Igor Veras de Oliveira Falcão, de 20 anos, já havia sido preso por tentativa de assalto, em setembro de 2012. Na ocasião, ele rendeu um homem com uma pistola de brinquedo, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, também na Baixada Fluminense, e levou o celular da vítima. Igor fugiu, mas decidiu voltar para pegar mais dinheiro do rapaz.
Foi quando a vítima percebeu que a arma não era de verdade e acabou se atracando com Igor, que foi levado para a 54ª DP (Belford Roxo), que funcionava como central de flagrantes. Igor ficou preso um mês e foi solto por seu mandado de prisão ter sido revogado pela 2ª Vara Crminal de São João de Meriti.
O assassinato ocorreu na Estrada Plínio Casado, Bairro da Prata, em Belford Roxo, no dia 23 de janeiro deste ano. Nas imagens, é possível ver um homem sem camisa, sentado no chão, em frente a um ponto de ônibus. Ele é segurado pela cabeça por outro homem. Segundos depois, passa uma moto ocupada por duas pessoas. O veículo para em frente ao rapaz e da garupa salta um homem. Ele saca uma pistola e dispara três vezes, à queima-roupa, contra a cabeça da vítima, que ainda tenta se defender. Mas não consegue.
Segundo o delegado, no local onde ocorreu a morte há traficantes, milicianos e histórico de confrontos. Ele afastou a possibilidade de o crime ter sido praticado por milicianos:
- Não se trata de milícia, mas de seguranças particulares da região.
Extra Online
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