RIO - Professores universitários de diferentes instituições do Rio se envolveram numa polêmica ao fazer comentários irônicos sobre um passageiro que estava na sala de embarque do Aeroporto Santos Dummont. Em sua conta no Facebook, a professora de Letras da PUC-Rio, Rosa Marina de Brito Meyer, postou a foto de um homem sentado a uma mesa, aparentemente esperando para entrar no avião. De bermuda e camiseta regata, o cidadão foi alvo de chacota.
"Aeroporto ou rodoviária?", era a legenda que acompanhava a foto de Rosa Marina na rede social, publicada na noite desta quarta-feira. No início da noite desta quinta-feira, veio o pedido de desculpas.
"Sabedora do desconforto que posso ter criado com um post meu publicado ontem à noite, peço desculpas à pessoa retratada e a todos os que porventura tenham se sentido atingidos ou ofendidos pelo meu comentário. Absolutamente não foi essa a minha intenção".
Professores que haviam comentado o post com a foto também foram criticados. O reitor da Unirio, Luiz Pedro Jutuca, escreveu que "o 'glamour' foi para o espaço", e foi respondido pela própria docente da PUC-Rio: "Puxa, mas para o glamour falta muuuito! Isso está mais para estiva."A página da professora Rosa Marina é fechada para pessoas que não são amigas dela na rede social. Entretanto, na tarde desta quinta-feira, o polêmico post com a foto foi reproduzido, em tom bastante crítico, pela personagem Dilma Bolada em sua página, que tem mais de 1 milhão de seguidores. Milhares de pessoas compartilharam a postagem da personagem.
A coordenadora de graduação e professora da PUC-Rio, Daniela Vargas, acrescentou, ainda na quarta-feira: "hehe. E sabe o que é pior? quando esse tipo de passageiro senta exatamente ao seu lado e fica roçando o braço peludo no seu, porque - claro - não respeita (ou não cabe) nos limites de seu assento".
Procurada pelo GLOBO, Daniela Vargas também pediu descuilpas pelo que escreveu:
- O que me resta é pedir desculpas por um comentário infeliz. Não posso dizer outra coisa, embora não soubesse que o post era tão público. Obviamente, não tinha a menor intenção de ofender ninguém.
LEONARDO VIEIRA / GLOBO
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