A celebração de um ano da redução da tarifa do transporte público em São Paulo terminou com depredação de quatro agências bancárias na Avenida Rebouças e com a destruição de carros de luxo em uma concessionária na Marginal Pinheiros.
O ato desta quinta-feira (19) foi convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL).
O protesto reuniu cerca de 1,3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Desta vez, a PM não manteve policiais ao lado dos manifestantes como fez durante todos os atos anteriores. Durante o protesto, a corporação informou que adotou “estratégia diferente” e acompanhou “à distância”.
O protesto reuniu cerca de 1,3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Desta vez, a PM não manteve policiais ao lado dos manifestantes como fez durante todos os atos anteriores. Durante o protesto, a corporação informou que adotou “estratégia diferente” e acompanhou “à distância”.
A Tropa de Choque interveio para desbloquear a Marginal Pinheiros cerca de 20 minutos após as depredações ocorrerem. Ninguém foi preso.
A Polícia Militar responsabilizou o MPL pelos atos de depredação. Segundo o coronel Leonardo Torres Ribeiro, comandante do policiamento da capital, a PM atendeu o pleito do movimento, que enviou um oficio à corporação pedindo que o efetivo se mantivesse afastado.
O MPL rebate a PM. Para uma militante do movimento, a acusação da corporação “é uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais”. A jovem, que prefere não ter o nome completo divulgado, disse que “havia o acompanhamento policial de longe. Não pode dizer que não teve acompanhamento”.
Festa popular
Segundo militantes do MPL, o movimento conseguiu cumprir parcialmente o proposto. A ideia do ato era pedir tarifa zero, a readmissão dos metroviários desligados após greve da categoria e celebrar um ano da revogação do aumento na tarifa dos transportes.
Segundo militantes do MPL, o movimento conseguiu cumprir parcialmente o proposto. A ideia do ato era pedir tarifa zero, a readmissão dos metroviários desligados após greve da categoria e celebrar um ano da revogação do aumento na tarifa dos transportes.
“Conseguimos chegar no nosso trajeto de forma tranquila, e realizar um pouco do que a gente queria.” O Passe Livre pretendia utilizar a Marginal Pinheiros para realizar uma “festa popular”, com apresentações musicais, teatrais e jogos juninos.
Os manifestantes chegaram a ensaiar uma partida de futebol na pista, o rapper Rincon Sapiência cantou a música “Transporte público”, mas afirmam que interromperam a celebração quando foram informados que a Tropa de Choque da PM estava a caminho.
“Começamos a dispersar para o Largo da Batata e não sabemos mais o que aconteceu. Quando soubemos que o Choque estava chegando, já começamos a acelerar as pessoas para não acontecer nenhuma tragédia.”
Da concentração ao tumulto
Os manifestantes se reuniram às 15h na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. De lá, o grupo seguiu para a Marginal Pinheiros, nas imediações da Ponte Eusébio Matoso.
Os manifestantes se reuniram às 15h na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. De lá, o grupo seguiu para a Marginal Pinheiros, nas imediações da Ponte Eusébio Matoso.
No caminho para Pinheiros, o grupo interditou totalmente a Avenida Rebouças nos dois sentidos. Diversos carros que tentavam entrar na via tiveram que retornar na contramão.
Cerca de duas horas após o ato começar, um grupo de mascarados atacou ao menos quatro agências bancárias, agrediu um cinegrafista arremessando um cone e quebrou vidros de um carro de reportagem da TV Gazeta. O tumulto ocorreu na Avenida Rebouças, já na esquina com a Avenida Brasil. Uma parte dos manifestantes, alguns deles também com o rosto coberto, tentou impedir as depredações de outras agências bancárias e de concessionárias na Avenida Rebouças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário