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terça-feira, 29 de julho de 2014

Dados da geração de empregos em Sergipe trazem preocupação



Segundo pesquisa realizada pela Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (ACESE), de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em maio de 2014 foram eliminados 524 empregos formais, equivalente à retração de 0,18% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.

O setor de atividade que mais contribuiu para essa diminuição foi o da Indústria de Transformação (-1.155 postos), cujo saldo negativo superou os saldos positivos, principalmente, nos Serviços (+395 postos) e na Construção Civil (+251 postos). No ano, o saldo de empregos gerados em Sergipe é de 1.202, não obstante a queda do nível de emprego geral nos últimos três meses (março, abril e maio). Em doze meses o saldo é de 14.048 empregos gerados com carteira assinada.

Do ponto de vista setorial, o setor de serviços foi o que mais gerou empregos no mês de maio deste ano, com 395 novos empregos com carteira assinada, uma variação de 0,31% em relação ao mês anterior, seguido da construção civil com 251 admissões. Os subsetores de serviços que mais geraram empregos foram os de ensino (172), serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (137), limpeza em prédios e domicílios (128) e saúde (116).

O setor de Comércio foi o segundo setor que mais demitiu trabalhadores no mês de maio deste ano, 90 demissões no total, uma variação negativa de -0,14%. Tanto o segmento varejista como o atacadista apresentaram saldos negativos, -0,59% e -31%, respectivamente.

No recorte geográfico, verificou-se eliminação de postos de trabalho no setor de comércio em cinco dos nove estados do nordeste - Pernambuco (-232), Alagoas (-222), Sergipe (-90), Maranhão (-73) e Rio G. do Norte (-13). Em Sergipe, a perda de postos de trabalho foi nos dois subsetores do Comércio (varejista e atacadista).

No setor de serviços, apenas dois estados apresentam redução de postos de trabalho – Pernambuco (-1.257) e Piauí (-39). No que se refere ao estado de Sergipe, o setor de serviços apresentou o melhor desempenho entre todos os setores de atividade econômica no mês de maio, contratando 395 novos trabalhadores com carteira assinada, uma variação de 0,31% em relação ao mês anterior.

Em relação ao setor de comércio, Sergipe registrou 90 demissões, configurando o segundo setor que mais desempregou trabalhadores após a indústria de transformação e a extrativa mineral.

Do ponto de vista geral, o estado de Sergipe tem o terceiro resultado negativo no ano, com a eliminação de 524 trabalhadores em maio de 2014.  Esse resultado equivale à retração de 0,18. O setor de atividade que mais contribuiu para essa diminuição foi o da Indústria de Transformação (-1.155 postos), acompanhando o resultado do Brasil, onde grande parte das demissões foi justamente na indústria de transformação, que teve mais de 28,5 mil postos fechados.
Para o presidente da ACESE, Alexandre Porto, os dados do emprego formal no Brasil e, especificamente, da indústria da transformação, são ruins.
“Mesmo com o anúncio do governo em permanecer com a desoneração da folha de pagamentos, e um mês antes de um novo pacote de apoio ao setor. Os dados mostram que no Brasil o movimento de demissões foi generalizado: 11 dos 12 subsetores de transformação cortaram vagas em maio.”, disse Porto.
Analistas afirmam que não há um vetor que indique uma recuperação da indústria neste ano. A atividade econômica está fraca e a renda está perdendo fôlego. No geral, entre as regiões, o nordeste foi a região que teve o pior desempenho em relação aos dados de emprego divulgados pelo CAGED. A região apresentou um saldo negativo de -7.105.
Uma das maiores demissões no Brasil aconteceu no setor de calçados (3,7 mil vagas a menos). Em Sergipe, o setor de calçados demitiu em maio 1.278 trabalhadores. 
“A boa notícia do emprego no mês de maio em Sergipe foi o setor de serviços (395 novos empregos). No acumulado do ano, o setor de serviços no estado de Sergipe apresenta um saldo de 3.269 empregos, em doze meses já são 9.099 empregos no setor.”, finalizou Alexandre Porto.

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