A equipe da Argélia foi uma das sensações desta Copa do Mundo. Além de surpreender com o bom futebol apresentado, que rendeu uma inesperada classificação às oitavas de final do torneio, a seleção argelina também impressiona por outro gesto: os jogadores resolveram doar todo o dinheiro do "bicho" para a população palestina da Faixa de Gaza.
"Eles precisam mais do que nós", justifica o atacante, e craque do time, Islam Slimani, autor do heroico gol contra Rússia, que garantiu o acesso à fase seguinte — feito que pôs pela primeira vez na história dois times africanos entre os 16 melhores do Mundial de futebol.
Pela participação nas oitavas de final, a Fifa paga US$ 9 milhões de prêmio a cada seleção classificada. O montante, segundo garantiu Slimani, que atua no Sporting, de Portugal, será doado aos palestinos.
Não foi o primeiro gesto deste tipo de uma equipe na Copa do Mundo. A exemplo dos argelinos, a seleção grega decidiu destinar parte do bônus em dinheiro para a construção de um centro de treinamento no país, que vive há anos os efeitos da crise econômica na Europa.
"Não queremos bônus extra, ou dinheiro. Jogamos pela Grécia e pelas pessoas. Tudo o que queremos é que você apoie nosso esforço de procurar um terreno e criar um centro que será a casa da seleção nacional", diz a curta correspondência endereçada ao primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras.
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