Depois da prisão de Alexandre e Adriano, a Polícia Civil de Sergipe intensificou as investigações e veio a prender em Salvador o sergipano Arnaldo Alves da Silva Júnior, 34 anos, e paranaense Haroldo José Amaral, 48 anos, detido em Lauro de Freitas. Novamente, foi apreendido um bloqueador de sinal rastreador veicular, notas fiscais de cargas roubadas pela quadrilha, além de chaves de veículos roubados pelo grupo.
Também foram realizados buscas em galpões localizados em Aracaju, Salvador, Simões Filho e Irará, na Bahia. “Esses locais eram utilizados pela quadrilha para guardar cargas, caminhões e carretas roubadas, bem como era uma espécie de escritório para planejar novas execuções”, explicou Rios.
Funções
Cabia a Alexandre, Haroldo e Adriano, junto com outros investigados que estão foragidos, fazer as abordagens, subjugar as vítimas e transferir as cargas roubadas de um caminhão para outro. Já Arnaldo Júnior era o responsável pela venda e distribuição dos produtos roubados. Era ela quem decidia o que devia ser roubado e também o responsável por revender os caminhões roubados para outros criminosos.
A Polícia Civil também procura outro investigado de nome Marco de Jesus Marinho, conhecido como 'Marco Careca'. “Ele tem 21 mandados de prisão expedidos pela Justiça por atuação criminosa em vários Estados do Brasil”, disse o delegado. Todos os envolvidos na quadrilha já responderam a processos por formação de quadrilha, homicídio, roubo de cargas, porte ilegal de arma de fogo e estelionato.
Na última sexta-feira, a Polícia Civil apreendeu vários veículos roubados, entre eles uma carreta bi-trem roubada em Minas Gerais e localizada em um galpão na capital sergipana, uma caminhonete localizada em Salvador. Também foi recuperado duas carretas em Barreiras (BA) e Cristinápolis (SE). Ainda foi apreendido um caminhão Volvo FH 540, cor prata, roubado em outubro de 2013 próximo a entrada do município de Siriri.
“Os roubos provocados por essa quadrilha causam um grande prejuízo econômico aos empresários e ao erário do Estado, já que as cargas roubadas são revendidas clandestinamente por preços inferiores aos praticados no mercado”, constatou. Hildemar garantiu que as investigações vão continuar a fim de identificar e prender os demais integrantes da quadrilha, receptadores e demais pessoas que colaboraram com o bando.
Operação Falso Corsário
A operação ganhou esse nome em alusão ao período das grandes navegações, onde corsários eram autorizados pelo Estado a abordar e atacar navios de outras nações. Fazendo analogia com o passado histórico, os criminosos dessa quadrilha se faziam passar por policiais, simulando ter autorização para abordar veículos e pessoas nas rodovias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário