A saída de Alan Kardec do Palmeiraspara o São Paulo foi traumática para o jogador e para sua família, principalmente para o seu pai, que tem o mesmo nome do filho e que é seu representante. No “Bem, Amigos!” na noite desta segunda-feira, o atacante tricolor revelou que doeu muito a saída do clube alviverde, e que ir para o rival foi colocado na balança, mas a chateação com a condução da negociação de sua permanência no Palmeiras foi muito grande. Ele ainda confirma a redução de R$ 5 mil no salário oferecido pelo Palmeiras após combinarem um valor pela terceira vez (assista ao vídeo).
- Doeu, no começo doeu. Às vezes veem pela minha calma, pela minha aparência, mas poucos sabem as noites que passei sem dormir enquanto o negócio não fechava. Meu pai andava preocupado, ele queria permanecer, eu queria permanecer, e nós estávamos sofrendo demais com isso. Naquele momento doeu. Hoje estou bem tranquilo. Pensei, coloquei na balança (a ida para um rival), mas não troquei o Palmeiras por qualquer equipe, foi pelo São Paulo, pelo peso da camisa que tem. Você tem que colocar isso na balança também. Foi uma decisão muito difícil, teve a negociação do jeito que foi, desgastante. Doeu, mas na nossa vida temos que fazer escolha, somos responsáveis por elas - afirmou Kardec.
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Num primeiro momento para fechar a permanência de Alan Kardec no clube, o Palmeiras acertou um salário de R$ 230 mil. Em seguida, pediram uma redução para R$ 220 mil. Por fim, quando da tentativa de mais uma vez assinarem o contrato, o clube pediu uma nova redução, desta vez em mais R$ 5 mil. Foi o estopim para que o pai do jogador e o próprio atleta abrissem negociação com o São Paulo: “É verdade. Procuro não me limitar isso porque são águas passadas. Mas é verdade”.
- Não foi uma vez, foram três vezes. Ofereceram “x”, foi aceito. Numa nova reunião, baixaram. Estaria fechado. Fomos para casa e numa nova reunião, uma nova redução. Isso que chateou. Sinceramente, não teria necessidade. É a maneira como foi tratado. No meio de uma negociação, veio uma pessoa e disse que estavam tentando trazer o Pratto (Lucas, argentino do Vélez). Ele está falando que está tentando trazer um cara para a minha posição, para ganhar muito mais do que estou pedindo, e estou aceitando receber aquilo que combinamos? Não foi uma vez aquela situação, foram três vezes. Isso chateou muito. Doeu, porque quando você dorme com uma esperança, você acredita que vá dar tudo certo, e chega no dia seguinte tudo muda. Volta do zero e começa toda uma conversa. Mas estou extremamente feliz. Desde que mudei, sabia que dependia de mim para que minha escolha pudesse dar certo - concluiu o jogador do São Paulo.
Alan Kardec é um dos integrantes do chamado Quarteto Mágico do São Paulo, que ainda tem Kaká, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato. O atacante vive uma boa temporada, depois de se tornar referência no Palmeiras e se transferir para o rival no meio do ano. Até aqui já são 16 gols marcados em 2014, seis deles já pelo Tricolor.
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