O ex-atleta sul-africano Oscar Pistorius foi inocentado de matar intencionalmente a namorada, a modelo Reeva Steenkamp, na manhã desta quinta-feira (11), em um tribunal da África do Sulx. Pistorius ouviu a sentença muito emocionado. Ele também foi inocentado de premeditar a morte, mas ainda pode ser condenado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, podendo pegar até 15 anos de prisão.
A leitura começou por volta de 4h45 (no Brasil), pela juíza Thokozile Masipa. O veredito coloca fim a um processo que começou em 3 de março. Pistorius sempre afirmou ter disparado por medo ao confundir a ex-namorada com um ladrão em sua casa.
"O Estado não provou além de qualquer dúvida razoável que o acusado é culpado de assassinato premeditado. Simplesmente não há fatos suficientes para sustentar essa conclusão", disse a juíza.
A sessão começou com um repasse das conclusões finais e os pedidos de pena feitas pela defesa e pela acusação, e continua com uma análise das declarações das testemunhas.
Embora a juíza Masipa tenha descrito o atleta de 27 anos como uma testemunha “muito pobre” e “evasiva”, ela disse que isso não significa que Pistorius seria necessariamente culpado no caso, o qual, segundo ela, foi inteiramente baseado em provas circunstanciais.
Segundo fontes jurídicas, a exposição do veredicto poderia se estender até sexta (12), pois a magistrada repassará um por um o testemunho das 37 testemunhas - incluído Pistorius -, e explicará quais partes aceita de cada uma das declarações. Após emitir o veredicto, Masipa pode demorar várias semanas para emitir a sentença do atleta.
O julgamento
A promotoria, representada por Gerrie Nel, sustentou que o corredor matou intencionalmente Steenkamp após uma discussão que teria sido ouvida por alguns vizinhos. O promotor pediu que Pistorius fosse condenado a prisão perpétua pelo crime de homicídio.
A promotoria, representada por Gerrie Nel, sustentou que o corredor matou intencionalmente Steenkamp após uma discussão que teria sido ouvida por alguns vizinhos. O promotor pediu que Pistorius fosse condenado a prisão perpétua pelo crime de homicídio.
O velocista enfrenta também outras três acusações relacionadas com armas de fogo: duas delas por disparar em lugares públicos e uma terceira por posse ilegal de munição.
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Pistorius atirou quatro vezes na namorada pela porta do banheiro, com uma pistola 9 mm. O crime ocorreu em sua casa de Pretória, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013. A defesa argumenta que Pistorius atirou acreditando se tratar de um invasor em sua casa, e por isso pede sua absolvição.
Grande parte de sua família o acompanha no tribunal, sentada num banco mais próximo a ele.
O julgamento do atleta começou em 3 de março e terminou em 8 de agosto, após promotoria e defesa apresentarem suas conclusões finais.
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