A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou durante um "face to face" – conversa em vídeo na qual os usuários do Facebook enviam suas perguntas – que a Polícia Federal passa por um processo de "desconstrução" no governo Dilma Rousseff. "Milhares de agentes saíram da PF nos últimos anos em função de desajuste e da perda de autonomia do trabalho", disse a presidenciável.
A declaração mira em um dos principais argumentos da candidata-presidente, segundo quem a PF tem total liberdade e, ao contrário de gestões anteriores, não empurra denúncias para "debaixo do tapete". Marina continuou: "Vamos continuar trabalhando para que se tenha a autonomia e isenção necessárias para o combate ao tráfico de drogas e de armas, a investigação dos casos de corrupção e ajudar a combater vários casos de crimes ambientais".
Petrobras – Mais cedo, Marina Silva afirmou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso por capitanear um megaesquema de corrupção na estatal, era "funcionário de confiança" da presidente-candidata Dilma Rousseff. Ela citou o delator como exemplo da "governabilidade" do PT e do PSDB.
"Não vou aceitar a lógica que está sendo imposta há vinte anos pelo PT e pelo PSDB, de que composições são feitas de forma pragmática, com base em distribuição de pedaços do Estado. A escolha do senhor Paulo Roberto Costa, que estava há doze anos como funcionário de confiança do governo de Dilma, é resultado dessa governabilidade que as pessoas estão reivindicando que não pode mudar", afirmou a presidenciável em entrevista a jornalistas em um hotel de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Marina reage com cada vez mais veemência contra críticas de Dilma. Desta vez, afirmou que não vai admitir que "fofocas e mentiras" pautem o debate de propostas. Depois de Dilma ensaiar uma resposta à promessa de reforma trabalhista feita por Marina, a pessebista reafirmou que conquistas dos trabalhadores, como 13º salário, férias e hora extra devem ser respeitadas. Dilma tinha afirmado mais cedo, em uma versão do discurso do medo que pontua sua campanha, que "décimo terceiro, férias e hora extra não se mudam nem que a vaca tussa". Marina respondeu: "a defesa dos interesses dos trabalhadores é sagrada para nós".
Marina também voltou a provocar Dilma, para que explique "por que colocou no seu governo 500 bilhões de reais para meia dúzia de empresários usando recursos do BNDES, que equivalem a 24 anos de Bolsa Família".
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