A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que o corpo encontrado carbonizado na cidade de Guaratiba, na Zona Oeste, é da jovem Jandira Magdalena dos Santos Cruz, 27 anos, que estava desaparecida após se submeter a um aborto em Campo Grande, no Rio de Janeiro, no dia 26 de agosto. Um exame DNA foi realizado por familiares da jovem e foi divulgado na tarde desta terça-feira.
Jandira sumiu após procurar uma clínica de aborto em Campo Grande, na zona oeste do Rio, no último dia 29 de agosto. Em depoimento, Vanuza Vais Baldacine, que confessou ter levado a gestante até a clínica de aborto, disse que Jandira morreu na mesa de cirurgia, mas negou saber o paradeiro do corpo.
Na última quarta-feira (17), a Justiça do Rio negou o pedido de habeas corpus para Mônica Gomes Teixeira e Marcelo Eduardo Medeiros, acusados de participação no seu desaparecimento. A decisão foi tomada pelo desembargador Luiz Zveiter, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
O ex-marido de Jandira, Leandro Brito Reis, disse que a acompanhou até uma rodoviária, local de encontro em que um Gol branco, de quatro portas, que era conduzido por uma mulher de cabelos loiros, buscaria outras mulheres. A condutora do veículo foi reconhecida e identificada como Vanuza Baldacine.
Vanuza é suspeita de fazer parte de uma quadrilha especializada em explorar clínicas clandestinas de abortos. Além de Jandira Cruz, a polícia garante que ela levou outras duas grávidas para uma clínica de Campo Grande no dia 26 de agosto. Um mandado de prisão temporária de 30 dias foi cumprido contra a motorista.
De acordo com a irmã de Jandira, Joice dos Santos, o contato para a realização do aborto foi feito com "Rose", que seria responsável por administrar uma clínica clandestina. A polícia acredita que "Rose" seja Rosemere Aparecida Ferreira, que foi presa semana passada junto com o policial civil Edilson dos Santos por suspeita de envolvimento no caso.
Rosemere já responde a quatro processos por prática de aborto e teve sua prisão preventiva decretada em fevereiro por um aborto realizado em 2013.
Desaparecimento
Jandira revelou em troca de mensagens com o ex-marido, Leandro Brito Reis, que estava com "vergonha" e que não tinha ninguém para acompanhá-la até o local, de onde iria até uma clínica clandestina realizar um aborto. Desde a data, Jandira não foi mais vista.
Jandira conta que mentiu antes para ele dizendo que já havia feito o procedimento para saber se ele se afastaria dela. Ela então disse que havia marcado o procedimento, que custaria R$ 4.500, e que não tinha ninguém para levá-la até o local.
"Amor, mandaram desligar o telefone, tô em pânico, ore por mim!", escreveu a jovem já na clínica pouco antes de desaparecer.
Jandira revelou em troca de mensagens com o ex-marido, Leandro Brito Reis, que estava com "vergonha" e que não tinha ninguém para acompanhá-la até o local, de onde iria até uma clínica clandestina realizar um aborto. Desde a data, Jandira não foi mais vista.
Jandira conta que mentiu antes para ele dizendo que já havia feito o procedimento para saber se ele se afastaria dela. Ela então disse que havia marcado o procedimento, que custaria R$ 4.500, e que não tinha ninguém para levá-la até o local.
"Amor, mandaram desligar o telefone, tô em pânico, ore por mim!", escreveu a jovem já na clínica pouco antes de desaparecer.
Caso semelhante
A Polícia Civil do Rio descobriu na manhã desta terça-feira (23) uma clínica de aborto em Niterói, na Região Metropolitana. Segundo a polícia, esse foi o lugar procurado por Elizângela Barbosa, de 32 anos, encontrada morta na noite de domingo (21) em Niterói, após sair de casa no dia anterior e avisar à família que faria uma cirurgia para interromper a gestação.
A Polícia Civil do Rio descobriu na manhã desta terça-feira (23) uma clínica de aborto em Niterói, na Região Metropolitana. Segundo a polícia, esse foi o lugar procurado por Elizângela Barbosa, de 32 anos, encontrada morta na noite de domingo (21) em Niterói, após sair de casa no dia anterior e avisar à família que faria uma cirurgia para interromper a gestação.
A confirmação de que seria a mesma clínica partiu do delegado Wellington Vieira, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. No local, os agentes prenderam uma funcionária, que foi encaminhada à delegacia para prestar depoimento. “Ela vai ser indiciada pelo crime de aborto”, informou a Polícia Civil.
O corpo de Elizângela foi encontrado na Estrada do Ititioca, em Niterói. Moradora da cidade vizinha, São Gonçalo, e mãe de três filhos, ela procurou a clínica porque, segundo a família, achava que não seria possível sustentar mais uma criança e estava perdendo oportunidades de trabalho por estar grávida. Ela havia entrado em contato com o marido pela última vez no domingo, por volta de 20h.
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