À medida que o embate eleitoral vai se aproximando do round final, os candidatos à Presidência protagonizam debates cada vez mais agressivos. Do lado de fora do ringue, há os eleitores que sentem falta de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) falarem das propostas para o futuro do Brasil. Mas tem também os que não abrem mão do clima de corpo-a-corpo e ache que campanha boa é aquela resolvida na base da voadora verbal. Para agradar os partidários de um lado e de outro, de brancos e nulos, a startup Projeto Brasil lançou o jogo “Urna Fight”. Nele, os dois concorrentes trocam sopapos, mas tudo sob a forma de projetos para o país (Veja aqui).
No ar desde que soou o gongo e o segundo turno começou, o game coloca nas mãos do eleitor a escolha de qual candidato vai desferir os golpes. Só não sabe qual deles vai atacar. Funciona assim: surgem na tela duas propostas sobre um tema crucial para o país; o eleitor escolhe aquela que lhe apetece; com isso, o candidato dono da proposta ataca o adversário, que perde pontos de vida, como em games de luta tipo “Street Fighter”, “Mortal Kombat” e afins.
O jogo foi uma forma interativa que a Projeto Brasil encontrou de fazer as pessoas enxergarem através dos esbarrões e topadas da luta eleitoral o que realmente interessa: o que vai ser feito do Brasil após a briga?
Depois do 'fight'
Criada para surfar nas eleições deste ano, a startup usa tecnologia para fazer cidadãos e políticos discutirem políticas públicas. “No inicio do ano, eu e o Lucas Marques, outro dos fundadores, estávamos discutindo com alguma frequência os problemas da política brasileira. Estávamos pensando como a internet poderia resolver alguns deles, principalmente a questão da representatividade pelo político”, contou ao Start.up o cofundador da Projeto Brasil, Bruno Santos --o projeto tem oito fundadores que tem em comum terem estudado na Universidade Federal de Minas Gerais (Veja todos aqui); Marques trabalha na Méliuz (falamos dela aqui).
Criada para surfar nas eleições deste ano, a startup usa tecnologia para fazer cidadãos e políticos discutirem políticas públicas. “No inicio do ano, eu e o Lucas Marques, outro dos fundadores, estávamos discutindo com alguma frequência os problemas da política brasileira. Estávamos pensando como a internet poderia resolver alguns deles, principalmente a questão da representatividade pelo político”, contou ao Start.up o cofundador da Projeto Brasil, Bruno Santos --o projeto tem oito fundadores que tem em comum terem estudado na Universidade Federal de Minas Gerais (Veja todos aqui); Marques trabalha na Méliuz (falamos dela aqui).
Consultor da Mckinsey e estudante do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Santos explica que os problemas também são os “da falta de informação tanto do cidadão quando vai decidir o voto ou quando vai cobrar o governo quanto dos politicos/governo quando formulam uma política pública e nao têm nenhuma noção de como ela poderia ser recebida pela população”. “Daí veio a ideia de criar uma startup para solucionar esse problema por meio da internet.”
O “Urna Fight” foi o segundo recurso do Projeto. O primeiro foi a apresentaçaõ das biografias e propostas dos candidatos a presidente no primeiro turno. Quando o segundo turno terminar e apenas um dos dois candidatos restar sobre o ringue, a Projeto vai lançar uma plataforma para discutir as propostas do presidente eleito.
Depois do ringue
A partir do ano que vem, os cidadãos poderão acompanhar o andamento do que está sendo implementado pelo governo e o que está ficando pelo caminho. Nessa fase, governos estaduais e municipais também passarão a ser alvo do escrutínio popular.
“O nosso objetivo é sempre criar ferramentas com elementos e dinâmicas de jogos”, diz Santos. No ano que vem também serão lançados aplicativos para os sistemas iOS e Android. Lançada em agosto, a plataforma já foi acessada por 115 mil visitantes, dos quais 45 mil se cadastraram. As avaliações de propostas já chegaram a 1,2 milhão.
A startup trabalha em plano de negócio. A ideia é “conseguir gerar um número grande de informações sobre as preferências e opiniões da população”. Esses dados serão abertos, mas quem quiser acessá-los de forma estrutura terá de pagar. Para a estratégia funcionar, antes o cidadão terá que comprar essa briga.
Foto:Dilma e Aécio brigam no 'Urna Fight', jogo da startup 'Projeto Brasil', focada na transparência do poder público. (Reprodução)
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