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sábado, 11 de outubro de 2014

MÁFIA TOMOU: Brasileiros do Shakhtar Donetsk ficam sem carros durante guerra

Os jogadores do Shakhtar Donetsk tiveram seus carros levados pela máfia russa, que ocupou a cidade em meio ao conflito, enquanto que muitos deles perderam seus apartamentos, uma vez que os imóveis foram tomados pelos separatistas. O clube de Donetsk foi um dos mais afetados pela guerra, pois a sua cidade foi tomada pelo conflito. Hoje, o Shakhtar não conta com sua torcida, nem com sua sede, e acaba de lançar campanha para convencer torcedores de outras regiões da Ucrânia a ir aos estádios para vê-los jogar.
A nova sede do time é um hotel de luxo no centro de Kiev, mas seus jogos são realizados em Lviv, cidade no oeste do país. O clube é propriedade do oligarca Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia, que, no início da guerra, manteve-se sobre o muro quanto à posição que adotaria. Hoje, ele publicamente apoia a união da Ucrânia e garante ser contra os separatistas que tomaram sua cidade, mas as suas relações com o governo anterior, de Viktor Yanukovych, ainda deixam brechas para duras críticas.
Cleiton é o artilheiro do time (Foto: AFP)

A reportagem esteve com atletas e comissão técnica do Shakhtar Donetsk na capital ucraniana e, se para alguns a situação é ainda de crise, outros elogiam a atitude do clube de isolar os jogadores dos problemas para que possam atuar. O meia Marlos, transferido em meados do ano do Metalist Kharkiv para o Shakhtar, diz que o clube tem se esforçado para isolar os jogadores da crise. “Não temos muita informação do que ocorre em Donetsk”, disse o jogador, um dos 13 brasileiros do time ucraniano. “A comissão técnica prefere nos deixar tranquilos para jogar”, afirmou.
“O que sabemos é que em Kiev estamos tranquilos”. Marlos já estava na Ucrânia quando o conflito começou e não esteve entre os brasileiros que ameaçaram não voltar ao Shakhtar Donetsk, em julho. Apesar de estar vivendo um bom momento, ele admite que sabe que a torcida, nas arquibancadas, tem usado os jogos para se expressar sobre a guerra e criticar o presidente russo, Vladimir Putin. “Vemos que existe algo”, comentou. “Nós não sabemos o que é. Mas as torcidas vão aos estádios e soltam algum tipo de energia que está presa. Ali elas têm a possibilidade de dar um grito”.
O artilheiro do Campeonato Ucraniano, o ex-palmeirense Cleiton Xavier, do Metalist Kharkiv, admite: “O país está passando por uma difícil situação financeira”. Antonio Carlos, ex-zagueiro da seleção e hoje auxiliar técnico no Shakhtar, diz que muitos jogadores tiveram seus carros roubados. Ele conta que vários atletas tiveram suas casas confiscadas, mas os brasileiros não foram atingidos.

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Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
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