Um brinde ao amor. A celebração de um relacionamento que começou até certo ponto despretensioso em um 12 de junho, dia dos namorados, e terá na tarde de sábado, no Maracanã, o capítulo de número 500. Léo Moura é sinônimo de Flamengo há quase dez anos. Torcedor na infância, o menino da Vila Kenedy precisou rodar bastante até, enfim, vestir a camisa do clube do coração. Passou por Holanda, Bélgica, Portugal, todos os outros rivais do Rio, dez clubes no total, até desembarcar na Gávea em meados de 2005. Nove anos e quatro meses depois, completa diante do Santos, cinco centenas de exibições com a camisa rubro-negra.
Léo Moura com os oito troféus conquistados em 499 jogos com a camisa do Flamengo (Foto: André Durão)
A partida, válida pela 26ª rodada do Brasileirão, será praticamente um evento em celebração ao capitão do Flamengo. No meio da tabela, rubro-negros e santistas aspiram pouco na competição, mas os 19 mil ingressos vendidos até a noite de quinta-feira deixavam clara a importância do programa na véspera das eleições. Na Gávea, o presidente é Léo Moura, que será recebido no Maracanã como "chefe do estado flamenguista". Uma série de homenagens está programada para o lateral-direito antes e depois do jogo.
Nesta sexta-feira, véspera da marca histórica, Léo Moura conversou com o GloboEsporte.com sobre sua história no Flamengo. Com os oitos troféus conquistados ao longo de quase uma década (um Brasileirão, duas Copas do Brasil e cinco Cariocas) expostos no gramado da Gávea, o lateral-direito passou a limpo sua trajetória no clube: celebrou títulos, programou um futuro além de dezembro de 2015 - o que era seu desejo de aposentadoria inicialmente -, admitiu seguir a vida em outro clube caso não tenha o contrato renovado e esclareceu polêmicas, como os relacionamentos com Álvaro e Cuca em 2009.
Com a emoção à flor da pele, o capitão do Flamengo recebeu ainda o carinho de pessoas determinantes nesta trajetória de sucesso e não conteve as lágrimas, caiu em prantos. Clique nos vídeos e confira todo bate-papo com Léo Moura, que pisa às 16h20m (de Brasília), no gramado do Maracanã para escrever mais uma página marcante de uma história de 235 vitórias, 135 empates, 129 derrotas e 47 gols com a camisa rubro-negra.
Confira alguns tópicos da entrevista e os cinco gols escolhidos pelo lateral:
Chegada ao Fla em 2005
Com a emoção à flor da pele, o capitão do Flamengo recebeu ainda o carinho de pessoas determinantes nesta trajetória de sucesso e não conteve as lágrimas, caiu em prantos. Clique nos vídeos e confira todo bate-papo com Léo Moura, que pisa às 16h20m (de Brasília), no gramado do Maracanã para escrever mais uma página marcante de uma história de 235 vitórias, 135 empates, 129 derrotas e 47 gols com a camisa rubro-negra.
Confira alguns tópicos da entrevista e os cinco gols escolhidos pelo lateral:
Chegada ao Fla em 2005
Léo Moura chora bastante ao ver mensagens de amigos e familiares (Foto: André Durão)
- A partir do momento que acertei com o Flamengo, já foi especial. Sempre tinha sonhado jogar no clube. A oportunidade surgiu lá em Portugal (jogava no Braga). Quando tudo estava certo, liguei para minha mãe e disse: "Deu tudo certo. Vou jogar no time que sempre sonhei". É uma emoção até difícil de descrever.
Aposentadoria adiada
- Me dedico, me cuido, procuro fazer trabalhos de prevenção. Por isso, jogo esse tempo todo na lateral. Sei que não sou mais garoto, mas tenho experiência e sei a hora de atacar ou não, só vou na boa. Tenho condição ainda de jogar mais um ou dois anos no auge. Me sinto muito bem.
Encerrar a carreira em outro clube
- Não vejo problema. Sou um atleta profissional. Já tinha passado por outros clubes e estou há quase dez anos no Flamengo. Se não for possível ficar aqui, vou agradecer e seguir. Até porque, tenho uma família que depende de mim e não posso parar agora.
Penteado Moicano
- Não imaginava (que ia virar moda). Sempre usei cabelo na máquina, muito baixinho, mas quando vim para o Flamengo vi o Beckham fazer esse penteado na Copa (de 2006) e pensei: "Vou deixar crescer e vou fazer". Fui testando, fui mudando. O Flamengo ajuda muito, a criançada começa a ver, imitar, e virou essa febre até hoje.
Desabafo após gol diante do Náutico, em 2009
- Naquele momento, ainda estávamos querendo uma crescente no campeonato. Era um jogo decisivo, em casa, contra um time menor... Estávamos buscando a vitória e a torcida pegando no pé, cobrando, vaiando... É normal, a torcida só cobra de quem pode dar alguma coisa. Quando saiu o gol, eu só quis falar, gesticular, xingar daquela forma por ser um momento de pura explosão. Não foi para ofender ninguém. Até porque, tenho um carinho e um amor por essa torcida que só eu sei.
Títulos pelo Flamengo
- O jogador só é marcado no clube quando conquista títulos, e eu conquistei muitos importantes, entrei para história. Só não conquistei em 2010 e 2012. Brasileiro depois de tanto tempo na fila, bicampeão da Copa do Brasil, Estadual.. Cada título é importante e marcante, em cada um é uma equipe totalmente diferente e eu continuei.
Aposentadoria adiada
- Me dedico, me cuido, procuro fazer trabalhos de prevenção. Por isso, jogo esse tempo todo na lateral. Sei que não sou mais garoto, mas tenho experiência e sei a hora de atacar ou não, só vou na boa. Tenho condição ainda de jogar mais um ou dois anos no auge. Me sinto muito bem.
Encerrar a carreira em outro clube
- Não vejo problema. Sou um atleta profissional. Já tinha passado por outros clubes e estou há quase dez anos no Flamengo. Se não for possível ficar aqui, vou agradecer e seguir. Até porque, tenho uma família que depende de mim e não posso parar agora.
Penteado Moicano
- Não imaginava (que ia virar moda). Sempre usei cabelo na máquina, muito baixinho, mas quando vim para o Flamengo vi o Beckham fazer esse penteado na Copa (de 2006) e pensei: "Vou deixar crescer e vou fazer". Fui testando, fui mudando. O Flamengo ajuda muito, a criançada começa a ver, imitar, e virou essa febre até hoje.
Desabafo após gol diante do Náutico, em 2009
- Naquele momento, ainda estávamos querendo uma crescente no campeonato. Era um jogo decisivo, em casa, contra um time menor... Estávamos buscando a vitória e a torcida pegando no pé, cobrando, vaiando... É normal, a torcida só cobra de quem pode dar alguma coisa. Quando saiu o gol, eu só quis falar, gesticular, xingar daquela forma por ser um momento de pura explosão. Não foi para ofender ninguém. Até porque, tenho um carinho e um amor por essa torcida que só eu sei.
Títulos pelo Flamengo
- O jogador só é marcado no clube quando conquista títulos, e eu conquistei muitos importantes, entrei para história. Só não conquistei em 2010 e 2012. Brasileiro depois de tanto tempo na fila, bicampeão da Copa do Brasil, Estadual.. Cada título é importante e marcante, em cada um é uma equipe totalmente diferente e eu continuei.
TOP 5 - GOLS DE LÉO MOURA PELO FLA
Flamengo 3 x 1 Cruzeiro - 12 de setembro de 2007 - Brasileirão - "É engraçado esse gol. Quem tinha que cruzar era eu, não era o Souza. Quem tinha que ajeitar, era o Souza e não o Toró, que é pequenininho. E eu peguei de primeira. Tem coisas que não dá para entender no futebol".
Náutico 0 x 2 Flamengo - 04 de outubro de 2008 - Brasileirão - Léo Moura marcou o segundo gol da vitória rubro-negra nos Aflitos em lindo chute de fora da área.
Flamengo 2 x 0 Universidad Católica - 24 de fevereiro de 2010 - Libertadores - "Ali quem ia bater era o Adriano. Eu falei para que ele deixasse eu bater. Ele deixou e disse: "Faz ela passar em cima do terceiro homem da barreira que é gol". Eu estava concentrado e quando bati e ela passou ali, ele veio correndo dizendo: "Eu falei!". Foi marcante porque o Zico estava até assistindo no estádio".
Flamengo 2 x 2 Universidad do Chile - 8 de abril de 2010 - Libertadores - "O (Vágner) Love disputou a bola, ela sobrou e eu falei: "Meu irmão, eu vou soltar a perna aqui". Os caras entraram tudo para o gol e eu pensei: ou ela vai entrar e ninguém vai conseguir tirar ou vai para fora do campo. Peguei bem na bola, pegou na veia e estufou a rede.
Flamengo 4 x 0 Botafogo - 23 de outubro de 2013 - Copa do Brasil - "Foi o gol do meu aniversário, que foi um momento inesquecível. É um dos momentos que mais vou guardar da carreira. Poder fazer um gol em um rival, no dia do meu aniversário, com o Maracanã inteiro gritando meu nome".
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