A Justiça condenou na noite desta sexta-feira (14) Jorge Negromento, Isabel Cristina e Bruna Cristina pela morte de uma adolescente em 2008. O trio ficou conhecido como “os canibais de Garanhuns” porque usava carne humana em alimentos. Eles foram condenados por homicídio, vilipêndio (agressão ao cadáver) e ocultação do corpo de Jéssica Camila Pereira da Silva.
Com a decisão da Justiça de Pernambuco, Jorge cumprirá pena de 21 anos e 6 meses de prisão e mais 1 ano e 6 meses de detenção. Isabel foi condenada a 19 anos de prisão e Bruna a 19 anos de prisão e mais um de detenção. Foram considerados quatro agravantes no crime: motivo fútil, emprego de meio cruel, sem chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade.
A defesa dos três já informou que irá recorrer para diminuir a sentença. Este foi o primeiro julgamento dos três, que são acusados de mais dois homicídios.
O julgamento começou na quinta. Todos os três assumiram o crime. Jorge disse que estava arrependido e tentou se comportar como portador de doença mental durante seu interrogatório, em estratégia da defesa em busca da semi-imputabilidade. Ele admitiu o canibalismo, mas disse que nunca vendeu salgados com as carnes das vítimas.
Isabel negou ter participado do assassinato de Jéssica, mas confessou ter
ajudado a esconder o cadáver. Ela disse que participou do crime por conta de uma “profunda dependência emocional por Jorge”, tese defendida por sua defesa. Ela disse que todos na casa comiam a carne humana, inclusive a filha da vítima, uma criança que vivia com o trio. “Ela já estava lá (na casa) e fazia parte da família”, disse. A carne era preparada em uma grelha e misturada a outros alimentos.
Bruna foi a última a ser ouvida. Ela disse que ficou aterrorizada com os assassinatos, mas não os denunciou por amor a Jorge e medo por sua própria vida. Questionada se havia feito coxinhas com carne humana, ela provocou riso com a resposta: “Está repreendido!”, segundo o Uol.
Crime
Jéssica foi esquartejada na casa em que o trio vivia em maio de 2008, em Olinda. O caso só foi descoberto quatro anos depois, durante investigações das mortes de outras duas mulheres em Garanhuns. O trio criou a filha de Jéssica, que tinha 1 ano quando a mãe morreu. O objetivo de Jorge e Isabel era ficar com a criança. Segundo a denúncia, eles eram casados há mais de 30 anos e não podiam ter filhos.
Jéssica foi esquartejada na casa em que o trio vivia em maio de 2008, em Olinda. O caso só foi descoberto quatro anos depois, durante investigações das mortes de outras duas mulheres em Garanhuns. O trio criou a filha de Jéssica, que tinha 1 ano quando a mãe morreu. O objetivo de Jorge e Isabel era ficar com a criança. Segundo a denúncia, eles eram casados há mais de 30 anos e não podiam ter filhos.
Isabel conheceu a vítima em Recife e a partir daí a atraiu para sua casa com uma proposta de falso emprego. Jéssica foi morta com uma facada no pescoço e esquartejada. Os três guardaram a carne de vítima para consumo próprio, segundo eles em um ritual de “purificação”. Eles criaram a seita “O Cartel” e consideram as mortes como missões. Jorge afirmou que o objetivo era fazer um controle populacional matando mulheres que tinham filhos mesmo sem ter condições financeiras para sustentá-los. O canibalismo era feito para salvar a alma das vítimas, segundo os réus.
Os três réus ainda serão julgados pelas mortes de Giselly Helena da Silva, 21 anos, e Alexandra da Silva Falcão, 20, em 2012. A data do júri ainda não foi marcada.
Portal Formosa / Correio24 / Estadão / Portaldenoticias.net
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