Violência contra mulher. A vereadora Lucimara Passos do PC do B destacou durante a sessão na Câmara Municipal de Aracaju desta terça-feira, dia 25, o Dia Internacional de Combate à Violência Contra Mulher. Para abraçar a causa, a vereadora afirma que a mulher não deve ser julgada pela vestimenta e, muito menos, por uma peça íntima.
Munida com dados da Organização das Nações Unidas referente ao tema, a parlamentar frisou a importância dessa luta em função da violência, que ainda é crescente. Na Tribuna, Lucimara mencionou que uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres sofreram mutilação genital. “Não é à toa que esses dados são tão estarrecedores. Infelizmente, nós ainda nos deparamos com certo tipo de comportamento na sociedade que ainda enxerga a mulher de tal maneira que se reproduz com esse comportamento que julgo desprezível e abominável que incita a violência e ela, na interpretação errônea de alguns, seja merecedora de castigo ou de surra”, dialoga.
Desde 1981, a data é comemorada e esse ano, particularmente, serão 16 dias de ativismo contra violência de gênero. “Começa hoje a grande mobilização pelo mundo inteiro e no Brasil. Movimentos sociais engajados nessas lutas estarão com atividades até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. E essa luta é pela igualdade de gênero, pelo respeito à condição da mulher, pela igualdade de oportunidades e pela libertação da opressão do homem”, continua Lucimara.
Ainda dentro do discurso, a vereadora clamou por justiça sobre homens que utilizam da força física para surrar uma mulher e para aqueles que incitam e estimulam a violência contra mulher. “Triste é saber que nós, enquanto legisladores, tivemos o desprazer de ouvir dentro desta Casa Legislativa, um vereador estimular a violência, como fez o vereador Agamenon na semana passada, quando utilizou o espaço da tribuna para rotular uma mulher de vagabunda e condená-la a uma surra por estar sem calcinha no seu casamento. Repetiu várias vezes que a mulher deveria ser surrada por ser ‘vagabunda. Este foi um ato criminoso que merece punição’”, lembra consternada.
Para tentar manter a ordem dos serviços da Casa e, principalmente, para garantir os direitos de todos os cidadãos, principalmente das mulheres, Lucimara cobra providências.“Na minha opinião, a Casa fechou os olhos e tornou-se conivente com os crimes que o vereador já cometeu utilizando a tribuna, ao não julgar os pedidos de quebra de decoro. Essa casa legislativa não pode proceder dessa maneira, com ato criminoso”, destaca.
Mostra calcinha
Além do discurso, para reforçar a liberdade da mulher, Lucimara Passos frisa na Tribuna que a mulher não deve ser julgada. “A mulher não deve ser julgada pela vestimenta e muito menos por uma calcinha que veste, ou não. Hoje eu afronto e quero saber se, ao mostrar esta calcinha, os senhores vão me julgar e me condenar a ser surrada”, finaliza
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