No último dia de atividades da Câmara antes do recesso parlamentar, a deputada suplente Rosy de Sousa (PV-RN) tomou posse nesta segunda-feira (22) no lugar do deputado Paulo Wagner (PV-RN), que se aposentou por invalidez.
Como a atual legislatura acaba em 31 de janeiro, Rosy terá apenas 41 dias de mandato, dos quais 40 em férias. Mesmo cumprindo apenas 1 dia de trabalho, a parlamentar do Rio Grande do Norte terá direito ao salário proporcional de dezembro e ao integral de janeiro (R$ 26,7 mil), totalizando cerca de R$ 35 mil no período.
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Por conta do recesso, Rosy terá uma atuação limitada e não poderá, por exemplo, apresentar projetos de lei. Isso porque, pelo regimento interno da Casa, apenas uma comissão representativa do Congresso atuará durante o período de férias para decidir sobre temas urgentes, como projetos que prorroguem o prazo de leis em vigência.
Mesmo com o Legislativo em recesso, a última congressista empossada nesta legislatura garante que pretende permanecer em Brasília durante o mês de janeiro para preparar sugestões a serem encaminhadas pela bancada do seu estado para o ano que vem. “Eu nem conheço os trâmites, mas o pessoal do gabinete vai me ajudar nisso”, disse.
Filha do ex-senador e ex-deputado Carlos Alberto de Sousa (PSDB-RN), Rosy lembrou em seu discurso que sua posse aconteceu no mesmo dia da morte do pai, há exatos 16 anos. À época, ele era deputado e acabou não chegando ao final do mandato.
“Hoje faz 16 anos da partida do meu pai, que não conseguiu concluir o mandato. Então, essa coincidência de eu tomar posse justamente hoje é motivo de honra para mim. Eu não poderia deixar de cumprir esse resto de mandato”, disse.
Rosy, que disputou apenas uma eleição, contou ainda que só na semana passada soube que viria a ser deputada. “Achei que nem aconteceria mais”, disse, acrescentando não ter mais pretensões políticas ao final do seu mandato.
Além do salário, ela poderá usar a cota mensal de R$ 78 mil para pagar funcionários de gabinete, R$ 3,8 mil de auxílio-moradia e R$ 32,8 mil de verba parlamentar para custear gastos com transporte e gasolina, por exemplo.
Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
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